O hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, foi invadido por militares israelenses na madrugada desta quarta-feira (15) - quando ainda era noite de terça-feira, no horário de Brasília.
No último domingo (12), a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia informado que o hospital estava abrigando 1.500 refugiados. A unidade de saúde também tinha 600 pacientes e 500 profissionais de saúde, segundo o relatório da entidade.
Ações contra hospitais nesse tipo de conflito são sempre muito polêmicas, uma vez que atacar unidades de saúde é considerado crime de guerra, de acordo com as leis internacionais.
GUERRA DE VERSÕES: O QUE DIZEM ISRAEL E HAMAS?
Israel, entretanto, afirma que o Al-Shifa era usado pelos terroristas do Hamas para guardar armas.
O exército israelense afirma estar fazendo uma varredura no hospital. Segundo as fontes israelenses, explosivos que seriam usados pelos terroristas foram desarmados e armas foram encontradas.
O Hamas, por outro lado, nega a alegação do governo israelense e diz que 30 pessoas morreram nesta ação contra o Al-Shifa.
REPERCUSSÃO
O presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Thedros Adhanom, disse que os relatos da invasão são muito preocupantes. No X (antigo Twitter), Adhanom disse que perdeu contato com a equipe que trabalha no hospital e disse estar preocupado com a segurança dos funcionários.
Até a terça-feira (14), a Palestina disse que 11,2 mil pessoas já haviam morrido no território muçulmano. Em Israel, o número de mortos é de 1.200.
Não há indícios de que o fim do conflito esteja perto.