Políticos da direita apoiam padre Júlio Lancellotti e vereadores retiram apoio à CPI
Padre Júlio Lancellotti consegue apoio de políticos da direita e grupo de vereadores deixa apoiar instalação de CPI, além de afirmarem terem sido enganados sobre teor da Comissão
Depois de uma intensa repercussão nas redes sociais, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visava investigar as atividades do padre Júlio Lancellotti e Organizações Não Governamentais (ONGs) na Cracolândia perdeu parte de seu apoio.
Este recuo ocorre em meio a questionamentos sobre a politização de uma ação da Igreja Católica e a defesa do padre Júlio não só por membros da esquerda, como também de políticos da direita brasileira.
CPI PADRE JÚLIO LANCELLOTTI: POLÍTICOS DE DIREITA EXPRESSAM APOIO AO PADRE
O Padre Júlio Lancellotti, acusado pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil) de compor a esquerda, recebeu defesa tanto de membros da esquerda quanto de representantes da direita. Entre seus defensores estava o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tranquilizou ao padre e à Arquidiocese de São Paulo sobre a possibilidade das ações da igreja serem investigadas pela CPI.
O ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também criticou a possível investigação, enfatizando a separação entre a pessoa física e as funções sacerdotais ao destacar que o precedente de investigar um padre em tal situação não seria positivo.
Após a situação ganhar destaque nas redes sociais, alguns vereadores da Câmara de Vereadores de São Paulo retiraram os apoios à CPI, mesmo sem a possibilidade de retirar suas assinaturas do requerimento.
Thammy Miranda (PL), Xexéu Tripoli (PSDB), Sidney Cruz (Solidariedade) e Sandra Tadeu (União Brasil) não apoiam mais a instalação da CPI, alegando terem sido enganados sobre o verdadeiro foco da investigação, que, segundo eles, se desvirtuou para atacar o Padre Júlio Lancellotti.
Thammy Miranda destacou que o documento da CPI nunca mencionou o padre Júlio e acusou o vereador Rubinho Nunes de realizar uma manobra política para ganhar apoio eleitoral nas redes sociais durante o ano das eleições municipais.
Mesmo com esses desdobramentos, Rubinho Nunes persiste em suas críticas ao padre Júlio Lancellotti e sua relação com o presidente Lula, acusando-o de participar uma "máfia da miséria promovida por ONGs esquerdistas".
Entenda mais sobre a CPI que investigaria o padre Júlio Lancellotti aqui.
