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Sigla de Bolsonaro ganhou quase R$ 3 bilhões em emendas do governo Lula

O PL foi o partido que mais recebeu recursos em emendas parlamentares no primeiro ano do governo Lula; entenda razão e saiba mais sobre distribuição

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Cynara Maíra

Publicado em 05/01/2024 às 7:33
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O Partido Liberal (PL), do qual o ex-presidente Jair Bolsonaro faz parte, emergiu como o principal beneficiário de emendas parlamentares individuais durante o ano de 2023, o primeiro ano do mandato do presidente Lula (PT), revelou um levantamento realizado pelo portal Metrópoles.

PARTIDO DE BOLSONARO FOI O QUE MAIS RECEBEU DINHEIRO EM EMENDAS DO GOVERNO LULA

De acordo com a análise do Metrópoles sobre a alocação desses recursos, o governo Lula destinou R$ 2,7 bilhões em emendas individuais de parlamentares ligados ao PL. Essa distribuição significativa está diretamente ligada à magnitude do partido de Bolsonaro, que representa a maior bancada tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.

A agremiação presidida por Valdemar Costa Neto conseguiu conquistar 14 assentos no Senado, de um total de 81, e 99 cadeiras na Câmara dos Deputados, composta por 513 membros, nas eleições de 2022.

Enquanto o PL lidera em termos de recursos nas emendas individuais, o segundo lugar pertence ao partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com o Partido Progressistas alcançando a marca de R$ 2,08 bilhões em 2023.

O terceiro lugar é ocupado pelo Partido Social Democrático (PSD), a mesma sigla do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que recebeu alocamentos no valor de R$ 2,06 bilhões. O Partido dos Trabalhadores (PT), liderado por Lula, fica logo atrás, com R$ 2,03 bilhões.

A pesquisa conduzida pelo Metrópoles baseou-se no portal Siga Brasil, do Senado Federal, que monitora os valores destinados aos parlamentares.

As emendas parlamentares, parte do orçamento destinada para que os membros do Legislativo distribuam recursos para projetos específicos, totalizaram R$ 32,1 bilhões, sendo R$ 19,7 bilhões em emendas individuais, R$ 6,8 bilhões em emendas de bancada e R$ 5,5 bilhões em emendas de comissão.

Esses repasses financeiros, muitas vezes estrategicamente programados próximo a votações cruciais, servem como instrumento de negociação entre o presidente, no caso Lula, e os membros do Congresso Nacional.

 

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