Com o anúncio da indicação de Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), para o Ministério da Justiça pelo presidente Lula (PT), a expectativa é de uma redução na presença de membros do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Esplanada dos Ministérios.
Lula deixou claro que Lewandowski terá a autonomia para efetuar trocas nos postos desejados ao assumir como ministro da Justiça, sem precisar poupar pessebistas.
LULA LIBERA LEWANDOWSKI PARA FORMAR EQUIPE PRÓPRIA, SEM POLPAR PSB
Antecipa-se que Lewandowski promoverá alterações na equipe atual, liderada por membros do PSB, especialmente nas 4 das 9 secretarias atualmente sob a gestão do partido.
Com seus 17 anos como ministro do STF, espera-se que os cargos próximos a Lewandowski sejam ocupados por profissionais com os quais ele colaborou na Corte, incluindo advogados e juízes.
De acordo com o Globo, os colaboradores de Lula já asseguraram que o futuro ministro da Justiça terá total liberdade para formar sua própria equipe.
A análise é de que Flávio Dino, embora associado ao PSB, não faz parte da cota do partido no governo Lula, tendo obtido o cargo por sua relação direta com o presidente. Nesse contexto, as nomeações de membros do PSB realizadas por Dino não seriam necessariamente vinculadas ao compromisso de Lula com a sigla.
A exceção notável sobre quem poderá ser retirado é o cargo de diretor-geral da PF, ocupado por Andrei Rodrigues, figura de confiança da primeira-dama, Janja da Silva. Lula especificou que essa vaga não deverá sofrer alterações neste momento.
A situação intensifica a pressão do PSB por uma maior representação no governo, especialmente diante das mudanças ocorridas em algumas pastas do partido. A disputa com o PT por espaço na Esplanada dos Ministérios promete se acirrar nesse contexto.