O presidente Lula (PT) está avaliando a possibilidade de destituir as lideranças da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em meio à revelação de que a Polícia Federal, em operação realizada nesta quinta-feira (25), apontou que os suspeitos de envolvimento em espionagem ilegal dentro da agência estão sendo protegidos pela cúpula do órgão.
A operação da PF, conduzida ontem, envolveu buscas e apreensões relacionadas ao uso de monitoramento ilegal dentro da Abin durante a gestão de Bolsonaro (PL), período em que o diretor da agência era o atual deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Durante a operação, foi descoberta a existência de uma "Abin paralela", na qual adversários políticos e autoridades eram investigados ilegalmente.
LULA CONSIDERA A DEMISSÃO DAS LIDERANÇAS DA ABIN APÓS A OPERAÇÃO
Segundo informações do Blog de Andréia Sadi no G1, Lula está ponderando a demissão das principais lideranças da Abin diante dos indícios de que servidores têm protegido os envolvidos em espionagem ilegal dentro do órgão, na chamada "Abin paralela".
A PF também avalia como "insustentável" a permanência dos atuais líderes da Abin. Nesse contexto, há apoio para a demissão do diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e do diretor Alessandro Moretti.
Moretti, ex-secretário-executivo de Anderson Torres na Secretaria de Segurança Pública do DF até o final de 2022 e também atuante no setor de inteligência da PF durante o 8 de janeiro, enfrenta controvérsias dentro do governo Lula em relação à sua inserção na Abin.
Apesar dessas considerações, o diretor-geral da Abin conta com a confiança do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), responsável pelas demissões no governo Lula.