Depoimento Bolsonaro: Jair se mantém calado, mas não soube responder se é cisgênero
Durante depoimento à PF, Bolsonaro permaneceu a maioria do tempo calado. Quando foi questionado se era cis, o ex-presidente não soube responder
Na quinta-feira (22), durante seu depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seguiu a orientação de seus advogados e optou por manter-se em silêncio.
Embora tenha se recusado a responder às perguntas dos agentes federais, Bolsonaro concordou em fornecer os dados cadastrais necessários para sua ficha como depoente. Em um único momento, durante o interrogatório, ele não conseguiu responder se era "cis", redução do termo cisgênero.
BOLSONARO NÃO SOUBE DIZER SE É CISGÊNERO
A questão sobre sua identidade de gênero surgiu quando os agentes indagaram se Bolsonaro se identificava como cis (cisgênero), ao que Bolsonaro respondeu desconhecer o significado do termo.
Cisgênero é utilizado para descrever pessoas que se identificam com o gênero que lhes foi atribuído ao nascer. Dado que Bolsonaro foi identificado como homem ao nascer e se reconhece como tal, pode-se considerá-lo cisgênero.
BOLSONARO PRESTOU DEPOIMENTO NA QUINTA (22)
Mesmo que tenha sido convocado para prestar esclarecimentos à PF, Bolsonaro optou por exercer seu direito de ficar em silêncio, sem responder a quaisquer outras perguntas, inclusive aquelas relacionadas às suspeitas de sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado para permanecer no poder.
A defesa de Bolsonaro justificou a opção pelo silêncio com base no impedimento imposto pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o acesso dos advogados do ex-presidente aos materiais de investigação, como vídeos, áudios, mensagens e a delação de Mauro Cid.
Os advogados argumentam que, sem acesso a esses materiais, é impossível garantir a defesa do cliente.
Além de Bolsonaro, outras 21 pessoas foram convocadas para prestar depoimento na PF, incluindo ex-ministros, ex-assessores e militares ligados ao ex-presidente.
A maioria optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório, mas o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foram exceções, escolhendo falar diante dos agentes da polícia.