Servidores do governo Lula podem entrar em greve por reajuste salarial
Diante da ausência de reajuste salarial para os servidores em 2024, os funcionários do governo Lula estão considerando a possibilidade de greve, caso o Ministério da Gestão não concorde em alterar o acordo.
A partir de mais uma rodada de negociações sindicais em andamento, os servidores do Governo Federal estão considerando a possibilidade de iniciar uma greve. Os funcionários do governo Lula (PT) reivindicam reajustes salariais para o ano de 2024.
Depois do próprio governo reconhecer que os salários dos servidores estão em desvalorização ao longo dos anos, a administração se defende afirmando que está empenhada em melhorar as condições "dentro dos limites do arcabouço fiscal".
SERVIDORES DO GOVERNO LULA PODEM FAZER GREVE
O Ministério da Gestão, sob a liderança de Esther Dweck, concedeu em maio de 2023 um aumento salarial de 9% aos servidores do governo Lula, além de um aumento de 43,6% no auxílio-alimentação dos profissionais.
No entanto, as entidades sindicais argumentam que a defasagem salarial anterior não foi corrigida com as medidas implementadas durante a gestão de Lula.
O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) e a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) solicitam um reajuste salarial de 34,32%, dividido em três parcelas ao longo dos anos de 2024, 2025 e 2026.
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Os aumentos de 11,44% anuais não estão contemplados no plano do Ministério da Gestão durante o governo Lula. Segundo o plano, uma vez que o último reajuste ocorreu em maio de 2023, não está prevista nenhuma alteração em 2024.
A previsão da administração Lula é realizar reajustes salariais de 4,5% em 2025 e 2026, índices bastante distintos dos solicitados pelos funcionários federais.
A reunião sindical desta quarta-feira (28) abordou esse tema, porém não chegou a uma conclusão. O próximo encontro das centrais sindicais sobre o assunto está marcado para junho.
Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef, afirmou que, caso a resposta do governo não seja satisfatória, "a única alternativa que nos resta é mobilizar-se para iniciar uma greve".
As mesas de negociação foram extintas pelo governo Michel Temer (MDB) em 2016. As conversações com o governo só serão retomadas durante a gestão de Lula.