A Pesquisa mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE, revelou que o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1% no país, em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior.
Com o resultado o setor atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em janeiro de 2000, superando o recorde anterior, de outubro de 2020.
Essa é a segunda alta consecutiva do setor, que havia apresentado crescimento de 2,8% em janeiro.
Atividades em alta
De acordo com o relatório, o varejo cresceu 8,2% na comparação com fevereiro de 2023, 6,1% no acumulado do ano e 2,3% ao longo de 12 meses.
Na comparação com janeiro deste ano, seis das oito atividades do varejo cresceram:
- artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%);
- outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%);
- livros, jornais, revistas e papelaria (3,2%);
- móveis e eletrodomésticos (1,2%);
- equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,5%);
- e tecidos, vestuário e calçados (0,3%).
Segundo o pesquisador do IBGE Cristiano dos Santos, o crescimento do varejo em fevereiro foi puxado principalmente por duas atividades que não tiveram bom desempenho em 2023.
"O crescimento de quase dois dígitos (9,9%) se dá mais pelos produtos farmacêuticos, porque a parte de cosméticos e produtos de beleza ficou mais estável. Tiveram alguns fenômenos que contribuíram [para o crescimento], regionalmente, como um aumento grande de procura por repelentes, por conta da questão da dengue”, contou.
A outra atividade que impulsionou o varejo em fevereiro foi o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico.
“Aí o maior peso vem das lojas de departamentos. A gente teve [no passado] toda aquela questão da crise, com fechamento de lojas físicas de grandes marcas. E isso vem se recuperando, já com um segundo mês de alta. Mesmo antes dessa recuperação de janeiro e fevereiro, já estava crescendo o número de lojas físicas novamente”, explica Santos.