Nos últimos anos, o mercado de tecnologia experimentou um notável crescimento, acompanhado por um aumento significativo na demanda por soluções inovadoras.
No entanto, de acordo com a Pesquisa de Escassez de Talentos 2024, realizada pelo ManPowerGroup, baseada em entrevistas com mais de 40 mil empregadores em 41 países e territórios, 79% das empresas de tecnologia enfrentam dificuldades na contratação. Esse dado é preocupante, especialmente considerando o setor de TI.
Em 24 de abril, é celebrado o Dia Internacional do Jovem Trabalhador, uma ocasião oportuna para refletir sobre o papel da educação na formação dos futuros talentos que irão atuar nesse mercado dinâmico.
Priorizar o desenvolvimento dos estudantes e estimular seu interesse na área é uma estratégia crucial para reduzir esse número e, por conseguinte, aquecer o mercado.
Claudia Alves, gerente de RH da Unentel, uma distribuidora de soluções tecnológicas para empresas, enfatiza que a educação e o estímulo ao desenvolvimento são responsabilidades compartilhadas por toda a sociedade.
“Diante de um mercado de trabalho onde ocorrem rapidamente muitas transformações, e com o avanço de novas tecnologias, a escola se torna o primeiro contato com o desenvolvimento das habilidades técnicas úteis no futuro. Então, se faz necessário inserir neste contexto as ferramentas básicas exigidas no atual cenário profissional”, afirma.
DESINTERESSE DOS JOVENS
Ela argumenta que o desinteresse de alguns jovens pode ser resultado da falta de ênfase no ensino das áreas de tecnologia.
Além de repensar o currículo educacional, uma discussão que, em parte, compete às autoridades, promover programas extracurriculares e competições saudáveis que estimulem e despertem a curiosidade por esses temas é uma maneira eficaz de capacitá-los.
“Incluir a informática básica e intermediária, comunicação social e o raciocínio lógico permitem que o indivíduo tenha acesso, desde cedo, a uma base das habilidades fundamentais para uma grade curricular mais sólida e, em seguida, mais facilidade para entrar no mercado de trabalho. Cabe a nós, coletivamente, garantir o cumprimento das etapas fundamentais na evolução intelectual e profissional de cada um”, finaliza.