INVESTIGAÇÃO

Caso 'tio Paulo': Sobrinha que levou idoso morto para banco é investigada por homicídio

Defesa de Érika de Souza afirma que recorrerá da decisão

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Anderson Alves

Publicado em 01/05/2024 às 15:36 | Atualizado em 01/05/2024 às 15:43
Notícia

O caso chocante envolvendo Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, e seu tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, ganhou novos desdobramentos.

Além das acusações iniciais de vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude, a sobrinha agora será investigada por homicídio culposo, conforme decisão da 34ª Delegacia Policial. Os fatos ocorreram no dia 16 de abril, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Relembre o caso

Érika conduziu seu tio até um ponto de atendimento bancário em uma cadeira de rodas e tentou obter um documento para autorizar um empréstimo. No entanto, a equipe bancária suspeitou da condição de saúde do idoso, acionando equipes de socorro que confirmaram seu falecimento. A sobrinha foi presa em flagrante.

O delegado Fabio Souza, responsável pelo caso, argumentou que Érika, na condição de cuidadora do idoso, deveria ter encaminhado o tio ao hospital ao perceber que ele não estava bem, e não a uma agência bancária.

O caso, que se tornou público após circularem imagens de Érika e o idoso no banco, levantou questionamentos sobre as ações da sobrinha diante da situação crítica de saúde de Paulo. A polícia já teve acesso a imagens do trajeto até o banco e ouviu o motorista do aplicativo que transportou ambos.

Defesa

Em defesa de Érika, a advogada Ana Carla de Souza Corrêa expressou surpresa e indignação com a acusação de homicídio culposo. Ela afirmou que a capitulação foi aceita pelo Ministério Público, mas será refutada em momento oportuno.

A defesa aguarda análise sobre o pedido de prisão domiciliar, citando as responsabilidades da ré com sua filha de 14 anos, que tem deficiência.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que o caso está sob análise para posterior denúncia e manifestação quanto ao pedido de liberdade, conforme os prazos legais estabelecidos. A defesa de Érika também alega que ela sofre de depressão e não percebeu a morte do tio durante o trajeto para o banco.

*com informações da Agência Brasil.

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