Ciro Gomes (PDT) irá responder na Justiça por suposta violência política de gênero contra a senadora Janaína Farias (PT-CE), a suplente do ministro da Educação, Camilo Santana (PT-CE).
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Eleitoral do Ceará após uma acusação feita no dia 3 de maio.
A acusação do Ministério Público se baseia em três declarações de Ciro Gomes sobre a senadora após a política assumir o mandato de Camilo Santana, quando este foi escolhido como ministro da Educação de Lula (PT).
COMENTÁRIOS DE CIRO SOBRE JANAÍNA
Em sua fala, Ciro declarou que Janaína era "assessora para assuntos de cama do Camilo Santana", "assessora de alcova", "pessoa que organizava as farras do Camilo Santana" e "cortesã".
Na denúncia apresentada pela promotora eleitoral Sandra Viana Pinheiro, da 114ª Zona Eleitoral de Fortaleza, a fala de Ciro Gomes tinha objetivo de:
"Constranger e humilhar [...] menosprezando-a por sua condição de mulher, com o indiscutível propósito de dificultar o desempenho de seu mandato junto ao Senado Federal, resultado em agressões à vítima com ofensas sexistas e misóginas".
Ciro é acusado pelo delito de "assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher, ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral, ou o desempenho de seu mandato eletivo".
A pena para tal tipo de crime é de um a quatro anos de prisão e multa.