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Cármen Lúcia assume relatoria do inquérito das fake news sobre enchentes no RS

Diversas mentiras passaram a circular nos últimos dias, e PF abriu inquérito para investigar

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 14/05/2024 às 12:03
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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu a relatoria do inquérito da Polícia Federal que investiga fake news relacionadas às enchentes do Rio Grande do Sul. O inquérito corre sob sigilo. 

A PF instaurou o procedimento na última quarta-feira (8) após ser acionada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

O ministro de Lula recebeu o requerimento para apuração do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).

Lewandowski afirmou que notícias falsas sobre as enchentes no Rio Grande do Sul serão “reprimidas com toda força da Lei”.

“Isso é muito grave, realmente, porque as forças de segurança e de resgate estão sendo prejudicadas pelas fake news. É crime. Sobretudo quando obstrui o trabalho das autoridades. Isso está sendo devidamente apurado pela Polícia Federal. Nós estamos atentos e vamos reprimir com toda força da Lei essas notícias falsas que estão sendo veiculadas”, declarou o ministro.

"Precisamos primeiro investigar e depois virá a repressão. A AGU [Advocacia Geral da União] também foi acionada para fazer o trabalho na área civil e administrativa. Todas as medidas estão sendo tomadas para a volta da normalidade no Rio Grande do Sul”, completou Lewandowski.

Fake News no RS

Diversas fake news passaram a circular após a tragédia que acomete o Rio Grande do Sul ganhar repercussão nacional. Uma das mentiras compartilhadas nas redes envolve um vídeo que mostra um gado sendo levado por uma corredeira de um rio que surgiu em área inundada — caso que aconteceu no México, em 2020, e não no Brasil.

Outro exemplo de notícia falsa que circula nos últimos dias é um vídeo em que uma mulher diz que doações às vítimas das enchentes estariam sendo retidas para aguardar a chegada de Lula a Lajedo para que ele fizesse fotos e, então, liberasse os donativos. O vídeo foi gravado em setembro de 2023 e não tem relação com a tragédia dos últimos dias. Na época, o governo desmentiu a acusação da mulher, alegando que o presidente sequer viajou à cidade.

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