Bolsonaro diz que Lula 'não se empenhou' junto a 'amigos terroristas' no caso Michel Nisembaum
Brasileiro era tido como refém do Hamas, mas foi morto pelo terroristas ainda em outubro de 2023
Jair Bolsonaro criticou a forma como o presidente Lula teria lidado com o caso Michel Nisembaun, brasileiro que era dado como sequestrado pelo Hamas em meio à guerra com Israel mas teve a morte confirmada pelo exército israelense na última sexta-feira (24).
O ex-presidente disse que Lula "não foi ouvido" ou não teria se empenhado em resolver a questão junto ao Hamas, a quem Bolsonaro classificou como "amigos terroristas" do presidente brasileiro.
Bolsonaro deu a declaração em uma publicação no X (antigo Twitter), compartilhada no último sábado (25), um dia após a confirmação da morte do brasileiro de 59 anos, que foi assassinado pelo Hamas ainda em outubro de 2023, no início desta etapa da guerra com Israel.
O post do ex-presidente acompanhou um vídeo em que Lula fala que Israel "continua matando mulheres e crianças”.
“Também quero pedir para vocês uma solidariedade às mulheres e crianças que estão morrendo na Palestina por conta da irresponsabilidade do governo de Israel, que continua matando mulheres e crianças. E a gente não pode se calar diante das aberrações. A gente não pode deixar de ser solidário. Porque amanhã a gente vai precisar de solidariedade", diz Lula nas imagens compartilhadas por Bolsonaro.
O presidente, a propósito, lamentou a morte de Michel no dia da confirmação do óbito. "Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e amigos de Michel", disse Lula, na ocasião.
Mais ataques a Lula
Jair Bolsonaro aproveitou a publicação para fazer mais ataques a Lula, relacionando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) com a criação do Foro de São Paulo.
"Lembro que a senadora colombiana Ingrid Betancourt, foi sequestrada pelas FARC em 2002 e libertada somente em 2008. O Foro de São Paulo foi fundado em 1990 por Lula, Fidel Castro e as FARC. Os narcoterroristas também ignoraram Lula", completou Bolsonaro.
Quem era Michel Nisembaum
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Michel tinha dupla cidadania israelense e brasileira e morava em Israel há 45 anos, onde trabalhava como técnico em informática.
Além de Nisenbaum, os corpos de mais dois reféns foram recuperados: Hanan Yablonka, de 42 anos, e Orión Hernández Rado, de 30.