Com dívida milionária, ministro de Lula pode perder bens de apartamento por decisão da Justiça
Ministro de Lula pode ter bens penhorados por conta de antiga dívida de campanha com empresa
Um importante ministro do governo Lula (PT) enfrenta na Justiça um pedido de apreensão de bens em seu apartamento.
O caso, que ainda tramita no Tribunal de Justiça de São Paulo, estaria vinculado com uma dívida do auxiliar de Lula em relação a sua campanha eleitoral em 2014.
O ministro que está no alvo do cobrador é Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais.
AGÊNCIA PEDE PENHORA DE BENS
A solicitação da apreensão de bens do ministro e deputado licenciado ocorreu no mês passado e tem o objetivo de quitar a dívida do político com a agência Analítica, Amaral & Associados.
A empresa em questão prestou assessoria para Padilha durante sua campanha para o governo de São Paulo, ainda em 2014.
No pedido, a Analítica solicita que a Justiça autorize a penhora dos bens de Alexandre Padilha presentes em seu apartamento funcional na Câmara dos Deputados, local em que mora em Brasília.
Além da perda dos bens, a empresa pede que 30% dos salários de Padilha na Câmara e na universidade Uninove, em que ensinava no curso de medicina até 2023, fossem usados para quitar a dívida.
DÍVIDA DE ALEXANDRE PADILHA
Segundo a coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, o contrato do político com a empresa previa um pagamento de R$ 1,65 milhão, mas apenas R$ 900 mil foram devidamente recebidos. A dívida atual é de cerca de R$ 2,4 milhões.
A agência já havia conseguido que a Justiça permitisse o bloqueio de valores na conta bancária do político após o PT assumir solidariamente a dívida de Padilha, mas não cumprir o pagamento.
Em resposta às ações da empresa, Alexandre respondeu no último dia 16 que o objetivo da agência com essas ações seria constrangê-lo publicamente e "criar uma situação perante a imprensa" para haver a divulgação de que ocorreu "uma busca e apreensão" em sua residência.
Padilha também pontuou que todos os bens no apartamento funcional pertencem à Câmara dos Deputados.