Cientistas desvendam o mistério sobre múmia egípcia conhecida como "Mulher que Grita"

O corpo mumificado parece estar gritando e com a boca escancarada; novas pesquisas podem revelar detalhes sobre as práticas funerárias antigas

Publicado em 03/08/2024 às 8:11

A múmia conhecida como a "mulher que grita", descoberta em uma tumba perto de Luxor em 1935, continua a fascinar os cientistas.

Recentemente, um estudo publicado na Frontiers in Medicine usou tomografias computadorizadas e técnicas avançadas para examinar os restos mumificados e revelar novos detalhes sobre sua condição e preservação.

O estudo revelou que a mulher, que morreu há cerca de 3.500 anos, tinha 48 anos na época da morte, conforme indicado pela análise de uma articulação da pelve.

Seu corpo foi embalsamado com incenso e resina de zimbro, materiais caros que teriam sido importados de longe.

Essa prática, combinada com a preservação notável, sugere um processo de mumificação mais sofisticado do que se pensava anteriormente.

A análise também mostrou que, ao contrário do método tradicional de mumificação da época, os órgãos internos da mulher não foram removidos, o que é raro.

O estudo não conseguiu determinar a causa exata da morte, mas sugeriu que a expressão facial de grito poderia ser resultado de um espasmo cadavérico, possivelmente causado por uma morte violenta ou dolorosa.

O estudo também destacou a presença de artrite leve e a perda de alguns dentes na mandíbula da mulher.

Embora a causa da expressão facial não seja totalmente clara, os pesquisadores propuseram que a mumificação pode ter ocorrido dentro de 18 a 36 horas após a morte, preservando sua expressão aberta.

A múmia está atualmente em exibição no Museu Metropolitano de Arte em Nova York, enquanto seu corpo está armazenado no Museu Egípcio do Cairo.

O estudo contribui para o entendimento das práticas funerárias antigas e das condições de saúde da época, desafiando a visão tradicional sobre a mumificação egípcia.

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