Governo corta 3,7 milhões de irregulares do Bolsa Família e Cadúnico
Operação de pente-fino remove 3,7 milhões de beneficiários irregulares do Bolsa Família e outros programas sociais, veja quem faz parte
O Governo Federal realizou uma operação de revisão nos programas sociais vinculados ao Cadastro Único (CadÚnico), resultando no corte de 3,7 milhões de pessoas que estavam de forma irregular nesses benefícios.
A informação foi divulgada pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, na quarta-feira (07/08).
Cortes atingem Bolsa Família e outros programas
Entre os programas afetados pelos cortes estão o Bolsa Família, a Tarifa Social de Energia Elétrica e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Essas exclusões fazem parte de uma iniciativa maior do governo para modernizar os sistemas de assistência social e combater fraudes, garantindo que os recursos sejam destinados às pessoas que realmente têm direito.
Critérios para os cortes no Bolsa Família
O pente-fino identificou casos de pessoas com rendas mensais superiores a R$ 10 mil que estavam indevidamente cadastradas no CadÚnico, o que permitia o acesso a benefícios voltados para cidadãos de baixa renda.
"Encontramos muitas pessoas que não tinham direito, mas estavam recebendo. Agora, quem não tem direito, sai; quem tem direito, fica", afirmou o ministro Wellington Dias.
Antes do cancelamento dos benefícios, as avaliações passaram por uma triagem na Caixa Econômica Federal e uma revisão detalhada que envolveu o cruzamento de dados com outros órgãos do governo federal.
Esse processo minucioso garantiu a exclusão de beneficiários que não atendiam aos critérios estabelecidos.
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Impacto econômico
O Tribunal de Contas da União (TCU) havia estimado que os pagamentos irregulares no Bolsa Família poderiam chegar a R$ 34 bilhões até o final de 2023.
A operação de pente-fino é vista como uma resposta a esses números alarmantes, com o objetivo de reduzir o desperdício de recursos públicos e direcioná-los para as famílias que realmente necessitam.
Atualmente, o Cadastro Único conta com cerca de 92 milhões de brasileiros de baixa renda, que dependem dessa inscrição para ter acesso aos programas sociais do governo federal.
A medida visa assegurar que esses programas continuem a beneficiar aqueles que mais precisam, mantendo a justiça e a transparência no uso dos recursos públicos.