Iniciativas visam tornar a suinocultura mais eficiente e ambientalmente correta no Agreste do Estado
Uso de biodigestores, assistência técnica e foco em sustentabilidade fazem parte de projeto que busca profissionalizar pequenas propriedades da região

Produtores de suínos do Agreste Meridional de Pernambuco estão adotando práticas sustentáveis e tecnologias como os biodigestores para tornar suas criações mais produtivas e ambientalmente corretas.
A região, responsável por algumas das maiores concentrações de rebanhos do estado, enfrenta desafios como a baixa tecnificação e a gestão ineficiente de resíduos, o que limita seu potencial econômico.
A ação faz parte de um projeto que tem como meta oferecer suporte técnico gratuito a 20 criadores dos municípios de São Bento do Una, Lajedo, Canhotinho e Tupanatinga até maio de 2026. A proposta inclui consultorias, visitas técnicas, incentivo ao associativismo e soluções sustentáveis nas propriedades rurais.
Seminário marca início das atividades com os produtores
O ponto de partida do projeto será o seminário “Oportunidades para a suinocultura no Agreste Meridional”, previsto para quarta-feira (18), na sede do Sebrae em Garanhuns. Além de palestras, o evento servirá para a assinatura dos contratos de participação.
Após essa etapa, os suinocultores selecionados receberão visitas técnicas e acompanhamento individual por seis meses.
Também estão previstas consultorias específicas para a implantação de biodigestores nas propriedades, além de uma visita coletiva à Feira de Avicultura e Suinocultura do Nordeste, em setembro, em Caruaru.
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Biodigestores reduzem impacto ambiental e custos de produção
Um dos principais focos do projeto é a instalação de biodigestores em todas as propriedades participantes. “Além de tratar adequadamente os dejetos produzidos pelos suínos, evitando a contaminação do solo e da água, o equipamento gera biogás, que pode ser utilizado como fonte de energia para diversas atividades da propriedade”, explica Lucas Araújo, analista do Sebrae/PE.
O uso do biodigestor é apontado como estratégia para diminuir em até 15% os custos de produção e em até 12% o tempo para o abate dos animais, o que melhora a produtividade das pequenas propriedades.
Produção de suínos cresce, mas ainda carece de profissionalização
Segundo dados do IBGE, o rebanho de suínos em Pernambuco chegou a 188.385 cabeças em 2023, distribuídas em 45.961 propriedades rurais, o que coloca o estado na 9ª posição nacional. A produção cresceu mais de 32% nos últimos quatro anos. Na região Nordeste, Pernambuco ocupa a segunda colocação, atrás apenas do Ceará.
No Agreste Meridional, os maiores polos produtores são São Bento do Una, com 36.253 cabeças, e Lajedo, com 5.285.
Também se destacam municípios como Buíque, Pedra, Venturosa e Garanhuns. Apesar disso, o estado ainda aparece com desempenho discreto no número de matrizes tecnificadas — que representam criações voltadas para o abate em frigoríficos com inspeção —, somando apenas 0,5% da produção nacional nesse modelo.
Mesmo com o crescimento do setor, a suinocultura no Agreste ainda enfrenta entraves relacionados à baixa profissionalização.
A iniciativa é realizada pelo Sebrae em Pernambuco, com apoio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), e conta com investimento de R$ 327 mil.
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