Com informações da Agência Brasil
A crise do novo coronavírus (covid-19) fez com que o sistema funerário da segunda maior cidade do Equador entrasse em colapso. Em Guayaquil, não há caixões para todos os mortos e os cemitérios não conseguem atender todas as famílias.
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Por causa disto, o governo do Equador retirou, nessa quarta-feira (1º), 150 corpos que estavam em casas da cidade. As famílias relataram que alguns dos mortos chegaram a ficar três dias nas residências aguardando os serviços funerários.
Nem todas estas mortes foram ocasionadas pela Covid-19, mas o crescimento no número de óbitos fez com que as autoridades do país não conseguissem confirmar o número de vítimas do coronavírus.
O balanço mais recente desta quinta-feira (2) revelou que há 2.758 casos confirmados e 98 mortes pela doença no país. Cerca de 70% dos casos estão em Guayaquil. Desde o dia 11 de março, o país declarou Estado de Emergência Sanitária.
O representante do governo para a crise do coronavírus, Jorge Wated, disse que uma força-tarefa foi criada com militares e policiais para atender a demanda e retirar os corpos das casas.
"Continuaremos a trabalhar incansavelmente, trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana, para cuidar dos afetados", declarou, em coletiva de imprensa na quarta.
#JuntosEcuador vamos a superar este duro momento, me uno al llamado de nuestro presidente @Lenin para pedirles que dejemos a un lado las diferencias y nos unamos para salvar vidas, si cada uno hace su parte lo vamos a lograr. #UnidadNacional https://t.co/9oIlk923nS
— Jorge Wated Reshuan (@JorgeWated) April 2, 2020
Através do Twitter, Wated se desculpou com as famílias afetadas: "Reconhecemos qualquer erro e pedimos desculpas àqueles que tiveram demora em retirar seus seres queridos nas semanas anteriores".
A imprensa equatoriana afirma que apenas 20 das 120 funerárias de Guayaquil estão funcionando. Os profissionais dos serviços estão temerosos com relação ao contágio e há escassez de caixões. Os artesões não conseguem comprar madeira, tecidos e tintas para fazer os féretros por causa das restrições no comércio.
Números
Um cemitério administrado pelo governo tem capacidade para abrigar cerca de 2 mil corpos. O Equador estima que haverá entre 2.500 e 3.500 mortos apenas na província de Guayas, onde fica a cidade.
De acordo com o Ministério da Saúde Pública do Equador, o país tem 27 hospitais para atenção específica de casos de coronavírus, 2.100 centros médicos, além de 133 hospitais habilitados para outros tipos de atendimentos.
Toque de recolher
O Equador está realizando um toque de recolher desde o dia 21 de março, que vai das 19h às 5h da manhã seguinte. O recolhimento obrigatório das pessoas em Guayaquil, epicentro da doença no país, começa às 16h.