Caso Miguel

Empregada doméstica, mãe do menino Miguel, consta como funcionária da Prefeitura de Tamandaré

Mirtes Renata trabalhava no apartamento do prefeito de Tamandaré; esposa do gestor teria deixado Miguel sozinho no elevador

NE10 Interior
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Publicado em 05/06/2020 às 9:45
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FOTO: Cortesia

De acordo com o Jornal do Commercio, a empregada doméstica Mirtes Renata Santana de Souza, mãe do menino Miguel, de 5 anos, consta como funcionária da Prefeitura Municipal de Tamandaré. Miguel morreu após cair de uma altura de 35 metros de um prédio no Recife.

Os dados sobre a mãe estão registrados no cadastro da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), órgão ligado ao Ministério da Economia. Nele, aparece como data de admissão da funcionária o dia 1º de fevereiro de 2017, sem registro de desligamento.

Mirtes trabalhava como empregada doméstica no apartamento do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB). A esposa dele, Sari Corte Real, foi autuada na última quarta-feira (3) por ter deixado Miguel sozinho dentro do elevador do prédio pouco antes da queda. Ela pagou fiança e foi liberada.

O cadastro do Rais tem uma lista com todos os servidores e relaciona o nome do funcionário ao órgão empregador, com o CNPJ da pessoa jurídica. Na última atualização, o nome da Prefeitura Municipal de Tamandaré consta na razão social como empregadora de Mirtes Renata.

Relembre o caso

Miguel morreu na última terça-feira (2) após cair de uma altura de 35 metros do condomínio de luxo Píer Maurício de Nassau (Torres Gêmeas), no bairro São José, na área central do Recife. Segundo as investigações da Polícia Civil, o menino entrou no elevador do prédio e foi sozinho até o 9º andar, onde escalou uma grade e caiu de uma altura de 35 metros. Ele estava no apartamento com a patroa da mãe dele e uma manicure.

A mãe dele desceu para passear com o cachorro da patroa. A criança quis ir junto com a mãe, mas foi contido pela dona do apartamento. O menino tentou escapar novamente e a moradora o deixou ir para o elevador sozinho. A patroa da mãe de Miguel viu quando a criança entrou no elevador e não a impediu de andar sozinha.