A osteoporose atinge uma grande parcela de mulheres no mundo, especialmente aquelas a partir dos 45 anos ou pós-menopausa.
De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), cerca de 200 milhões de mulheres no mundo são afetadas pela doença. No Brasil, são cerca de 10 milhões de casos, segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO).
O enfraquecimento ósseo da osteoporose é acentuado pelo desequilíbrio hormonal natural que acontece após a menopausa nessa população, mas existem algumas práticas que podem ajudar a prevenir a doença.
Uma estimativa divulgada pelo Ministério da Saúde revela ainda que 50% da população feminina, a partir dos 50 anos, poderá sofrer algum tipo de fratura óssea com o decorrer do tempo. Assim, é importante saber como prevenir ou adiar a condição e como procurar ajuda médica.
A osteoporose é a perda acelerada da massa óssea, que ocorre durante e devido ao envelhecimento. A doença é considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares, de acordo com o ginecologista Sérgio dos Passos Ramos (CRM17.178 – SP).
A cada quatro pacientes com osteoporose, três são mulheres, em especial aquelas que já passaram da menopausa, já que um dos fatores que causa a fragilidade óssea é a diminuição na produção do estrogênio.
Esse desequilíbrio hormonal faz com que os ossos fiquem porosos e mais propensos a fraturas em caso de quedas ou até mesmo impactos leves. Além disso, a doença provoca a diminuição da absorção de minerais e cálcio.
Diversos são os fatores de risco da osteoporose, incluindo o estilo de vida do indivíduo. Como está ligado à diminuição na produção do estrogênio, as mulheres são consideradas parte do grupo de interesse e devem ficar atentas aos sinais da doença.
Sem sintomas, a osteoporose se instala de forma silenciosa no corpo. Em geral, descobre-se quando acontecem fraturas ósseas, já na fase mais avançada da doença.
A osteoporose não tem cura, mas pode ser prevenida com algumas práticas incorporadas ao estilo de vida do indivíduo. Prestar atenção aos fatores de risco da doença pode ajudar a prevenir a doença. Veja algumas destes hábitos:
O cigarro tem substâncias tóxicas que enfraquecem as células responsáveis pela formação óssea, além de modificar o metabolismo do estrogênio. Portanto, é recomendado que sujeitos com fatores de risco, caso fumem, parem com o cigarro.
A atividade física é um dos mais importantes aliados no combate ao sedentarismo, um dos fatores de risco para a osteoporose. Além disso, o exercício físico tem efeito protetor sobre o tônus muscular.
Atividades como caminhadas e corridas também ajudam a fortalecer o sistema imunológico. Já a musculação, deixa os ossos mais resistentes e protegidos pelo ganho de massa muscular.
Quanto mais cedo se incorpora a prática de atividades físicas na vida, maiores os benefícios colhidos no futuro.
A alimentação também deve ser vista com atenção na prevenção à osteoporose, com especial atenção para alimentos ricos em cálcio, vitamina D, magnésio e fósforo.
Alimentos ricos nestes nutrientes ajudam na proteção dos músculos e na formação da massa óssea. São indicados o consumo de leites e derivados, peixes gordurosos (como salmão), fígado e óleo de fígado, verduras verdes, leguminosas e cogumelos (shiitake, shimeji).
É preciso ficar atento, entretanto, com o excesso no consumo dos minerais e vitaminas, já que também não faz bem para saúde.
A vitamina D é importante para a preservação da força óssea. A luz do sol é fonte natural de vitamina D, responsável por 80% da formação dessa vitamina no organismo.
Portanto, recomenda-se a exposição ao sol por 15 minutos diários, evitando horários entre 10h e 16h, quando a radiação solar é mais intensa. Caso não seja possível, recomenda-se acompanhamento médico para fazer uso da suplementação da vitamina D.
O exame da densitometria óssea é simples e não-invasivo, podendo diagnosticar a osteoporose ainda nos estágios iniciais. A densitometria mede a densidade do osso e, caso identifique a doença, pode ajudar o médico e paciente a iniciar um tratamento precoce.
A partir dos 40 anos é indicado que o indivíduo realize o exame periodicamente. Para saber mais sobre, converse com o seu médico ginecologista ou endocrinologista. Antes dos 40, a recomendação é para quem tem fatores de risco envolvidos, como histórico familiar.
*Com informações do Portal Drauzio Varella.
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