Durante a gravidez, o corpo da mulher sofre alterações funcionais e estéticas significativas para o desenvolvimento do feto. Entretanto, essas mudanças nem sempre desaparecem após o parto, como o excesso de pele no abdômen e muitas mulheres procuram procedimentos estéticos para 'corrigir' essas questões.
Entretanto, as mulheres que se sentem incomodadas com as alterações corporais no período pós-gestacional e procuram ajuda de cirurgiões plásticos precisam ficar atentas aos cuidados e procedimentos que serão realizados no corpo.
Muitas mães queixam-se de mamas flácidas e procuram a cirurgia plástica para melhorar o aspecto de seus seios e resgatar a auto estima.
“Esse efeito acontece por influência de diferentes hormônios, como a prolactina, as mamas aumentam de volume com dilatação dos seus ductos lactíferos. A pele da mama possui uma boa elasticidade, no entanto, apresenta uma má complacência. Em outras palavras, a pele da mama “estica” para suportar o acréscimo de volume, porém não regride após o período de amamentação”, avalia o cirurgião plástico Pedro Pita.
Uma outra queixa comum das mamães é a flacidez da pele e afastamento dos músculos da barriga. “Na gravidez, a expansão do útero provoca um alongamento dos músculos abdominais, o que pode causar uma separação das duas bandas musculares que se encontram na região central do abdômen. Essa condição é denominada de diástase dos músculos reto abdominais”, explica Pita.
Apesar da vontade dessas mulheres, o tempo para realizar uma cirurgia plástica após uma gestação vai depender do tipo de procedimento ao qual a paciente irá se submeter. Pedro Pita reforça que “a segurança do procedimento e o sucesso com bom resultado codepende da liberação do médico que acompanha essa mulher na gestação e os processos naturais após o parto, como amamentação, restabelecimento do peso, efeitos hormonais e outros”.
O cirurgião pernambucano destaca que “para os casos da mama, por exemplo, será possível a realização da cirurgia após a mãe não estar mais amamentando por alguns meses e já ter retornado ao peso antes da gestação”.
Entretanto, a eventual necessidade de correção da “diástase por plástica total do abdômen, ou abdominoplastia, precisa esperar de seis meses até um ano após o parto para poder ser realizada. Isso, claro, varia de paciente para paciente, que só terá o protocolo definido quando avaliada corretamente em consultório.”
Há ainda a preocupação da organização da rotina dessas mulheres com crianças, visto que alguns destes procedimentos pedem repouso. “Após realizar uma cirurgia plástica, alguns cuidados devem ser respeitados para que não haja nenhuma complicação. Geralmente, um processo estético demora um certo tempo para cicatrizar completamente e permitir que a paciente volte à sua rotina normalmente”, alerta o médico especialista.
No caso de realização de abdominoplastia, é preciso que a mãe tenha um repouso mínimo de 20 dias, sendo que a recuperação total pode levar até 180 dias. Já as cirurgias realizadas nos seios, com ou sem implante, requerem repouso, uso de sutiã especial e “não realização de atividades físicas ou da atividade de dirigir por, pelo menos, 30 dias.”
Ressalte-se que, dificilmente uma cirurgia plástica é recomendada no período de gestação. Mesmo os procedimentos mais leves devem ser considerados com extrema cautela.
“As possibilidades de complicações nas cirurgias plásticas mais comuns são relativamente pequenas, mesmo assim, deve-se evitar aplicações de qualquer tipo, como os ácidos, ou mesmo a utilização de remédios que tenham efeitos hemodinâmicos, como a lidocaína, em gestantes”, conclui Pedro Pita.
A mamoplastia é o nome dado à cirurgia plástica feita nas mamas, seja de aumento (com utilização de implantes de silicone) ou de redução.
As mamas representam, para a mulher, grande parte de sua feminilidade, sexualidade e beleza. E a melhora da sua forma foi sempre um objetivo da cirurgia plástica. Atualmente, graças ao desenvolvimento de inúmeras técnicas, é possível atingir níveis de satisfação e resultados excelentes.
Já a mastopexia é conhecida como a cirurgia de elevação das mamas. Esta é uma técnica que reduz a flacidez e reverte o caimento natural das mamas (ptose mamária). Além disso, reposiciona a aréola, elevando-as até sua posição original e promovendo sua simetria.
A lipoaspiração é indicada para retirar o excesso de gordura localizada em uma determinada área do corpo, como barriga, coxas, flancos, costas ou braços, ajudando a melhorar o contorno corporal.
A abdominoplastia fica reservada às pacientes que ganharam muito peso durante a gestação ou que iniciaram a gravidez já com mais quilos do que o recomendado e, como consequência, tiveram a musculatura abdominal afastada (diástase), e um grande excedente de pele.
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