Até agora os inativos do município de Betânia, no Sertão do Estado, ainda não receberam o pagamento referente aos meses de novembro e dezembro de 2010. A professora aposentada da rede municipal, Maria Rufina Passos, 72 anos, depende apenas da aposentadoria para fazer um tratamento médico devido a problemas cardíacos.
\"Eu não sei mais o que fazer porque este mês peguei dinheiro emprestado a juros, pagando 10%, para realizar o exame e a consulta trimestral\", lamenta a pensionista.
O problema já está na justiça, as ex-promotoras da comarca, Julieta Maria Batista Pereira de Oliveira e Rejane Stridre, moveram várias ações civis públicas contra o Fundo Previdenciário Municipal. O processo foi encaminhado ao judiciário, no entanto, até agora nada foi feito.
A população está esperançosa de que o novo promotor público, Vandeci Leite, da comarca de Serra Talhada – que acumula a função no município - agilize o processos envolvendo cerca de dez ações movidas contra o executivo.
Os professores da ativa também estão com os vencimentos atrasados. Os docentes deveriam ter recebido o mês de dezembro até o último dia 30, Além disso, ainda não receberam o terço das férias.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Professores do Município - Simpro, Lucineide do Carmo, a entidade acompanha os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb, através do site do Banco do Brasil.
“O Fundeb está sendo bastante fiel com o que manda para a educação de Betânia, nós não sabemos o que está acontecendo, eles não tem nos procurado para dar satisfação” afirmou.
No último dia 22, professores da rede municipal fizeram um ato público em frente a Prefeitura para reinvidicar o pagamento de novembro, o que está sendo efetuado agora, no entanto, a Secretaria Municipal de educação ainda não se reuniu com a categoria para explicar o motivo do atraso. “Foi marcada uma reunião em novembro, mas foi desmarcada por conta da entrega das geladeiras da Celpe. Até então não foi remarcada”, informou.
A prefeita Eugênia de Souza (PR) foi procurada pela reportagem mas não quis se pronunciar sobre o assunto.
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