Um dos suspeitos de participação no sequestro de uma criança de três anos no Distrito de Cruzes, em Panelas, no Agreste de Pernambuco, continua foragido. O delegado Alberes Costa, que preside as investigações, informou que a Polícia Civil está à procura dele. "Mais cedo ou mais tarde a gente vai colocar ele na cadeia", afirmou. Os outros envolvidos no sequestro já foram presos e serão responsabilizados.
De acordo com o delegado, os mandantes do crime teriam sido um detento do Presídio Augusto Duque, de Pesqueira, e a companheira dele. A mulher teria dito ao marido que um casal de ciganos sequestrou uma suposta filha deles. Ao receber esta informação, o presidiário contratou dois homens para realizar o suposto resgate da menina. Porém, a criança não era filha deles e sim do casal com quem ela morava. O delegado não explicou como os suspeitos chegaram a esta família específica.
O presidiário que ordenou o crime continua preso. Um dos sequestradores foi localizado e também detido. O outro sequestrador continua foragido. A mulher que mentiu sobre a criança foi presa. Já a mãe do presidiário, que ficou como cúmplice no crime, e vai responder em liberdade. Um vizinho chegou a ser detido durante as investigações, mas não teve participação no sequestro.
Veja a entrevista com o delegado, exibida no "TV Jornal Notícias", da TV Jornal Interior:
A criança de três anos foi encontrada no dia 29 de dezembro em Catende, em uma rua deserta. Populares viram a menina sozinha e a levaram para o destacamento da Polícia Militar em Catende, onde descobriram que ela havia sido raptada no Distrito de Cruzes, em Panelas, no Agreste, desde a Véspera de Natal (24).
A garota foi atendida na Policlínica de Catende, onde o médico informou que ela sofreu abuso sexual. De acordo com o médico, a criança ficou apavorada quando ele iniciou o exame no sistema genito urinário. Em seguida, a menina foi levada para Palmares e depois para Caruaru, onde reencontrou os pais.
Em coletiva de imprensa realizada um dia seguinte, a Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgou que a criança não sofreu violência sexual, de acordo com laudo realizado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru.
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