O xilogravurista J. Borges será o grande homenageado da escola de samba Acadêmicos da Rocinha, durante o Carnaval 2018 do Rio de Janeiro (RJ). Natural de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, o artista é um dos mais renomados na xilogravura no País. J. Borges recebeu em 2005 o título de Patrimônio Vivo do Estado, além de outros prêmios e homenagens.
A escola de São Conrado escolheu o enredo "Madeira Matriz" para o desfile na Sapucaí este ano, uma homenagem aos 110 anos da xilogravura no Brasil. Em julho do ano passado, o carnavalesco Marcus Ferreira esteve em Pernambuco para fazer uma visita a J. Borges.
"Precisamos valorizar nossas mãos, nossa arte, nossa cultura popular e nossos grandes mestres brasileiros", ressaltou Ferreira, na época. Faltando menos de 30 dias para a folia de Momo, a Acadêmicos da Rocinha está com tudo pronto: samba-enredo e fantasias com o tema da xilogravura.
Precisamos valorizar nossas mãos, nossa arte, nossa cultura popular e nossos grandes mestres brasileiros
O samba-enredo da Acadêmicos da Rocinha retrata a xilogravura e a cultura do Nordeste. "Um olhar (ah, um olhar)/ Acende a luz da inspiração / Vem ilustrar em preto e branco meu agreste/ No taco da umburana, a matriz traçou / A xilogravura de um matuto sonhador/ Nos muros vão retratar/ A lida de sua gente", diz a canção.
J. Borges nasceu em 20 de dezembro de 1935, no município de Bezerros. "Comecei a fazer cordel porque quando eu era criança era a única diversão que existia no sítio onde eu nasci e me criei. Meu pai era quem lia o cordel. Não tínhamos rádio, ainda não existia televisão nos anos 40", relata J. Borges. Com o costume, o artista ficou apaixonado pelo cordel e decidiu escrevê-los. A primeira obra, sobre o encontro de dois vaqueiros em Petrolina, recebeu uma gravura do artista Dila, de Caruaru. Os trabalhos seguintes foram acompanhados de gravuras do próprio J. Borges.
A fama do xilogravurista veio após um amigo dele, pintor do Rio de Janeiro, apresentar o trabalho de J. Borges ao escritor Ariano Suassuna. O xilogravurista conta que Suassuna ficou encantado com a arte e um encontro foi marcado entre os dois. O artista foi entrevistado por vários meios de comunicação e foi assim que a fama começou. Atualmente, funciona em Bezerros o Memorial J. Borges, onde o visitante pode conhecer as obras gráficas, plásticas e poéticas do artista.
Veja na reportagem do "Nosso Dia", da TV Jornal Interior:
Este conteúdo é exclusivo para assinantes JC
Não localizamos uma assinatura ativa do JC para esta conta.
Para acessar este e outros conteúdos exclusivos, assine aqui.
Seu e-mail não é {{ email }} ou precisa trocar de conta?
Entre novamente.
{{ signinwall.metadata.blocked_text }}
Já é assinante?
Selecione o seu plano
{{ plans.first.name }}
R$ {{ plans.first.formatted_price }} /{{ plans.first.subscription_type }}
{{ plans.first.paywall_description }}
{{ plans.second.name }}
R$ {{ plans.second.formatted_price }} /{{ plans.second.subscription_type }}
{{ plans.second.paywall_description }}
{{ plans.third.name }}
R$ {{ plans.third.formatted_price }} /{{ plans.third.subscription_type }}
{{ plans.third.paywall_description }}
Pagamento
Assinatura efetuada com sucesso!
Agora você tem acesso a todo o conteúdo do nosso portal!
voltar para o conteúdoNão foi possível realizar sua assinatura.
Por favor, verifique as informações de pagamento e tente novamente.