Daniel Henrique Alves Sabino, 27 anos, integrante da equipe de Atletismo de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. No dia 02 de março, o corredor maratonista saia da festa de Emancipação Política no município de Brejão, também no Agreste, quando foi baleado e em decorrência disso ficou paraplégico. Essa é a avaliação dos Médicos que o operaram no Hospital da Restauração, em Recife, capital do estado. Desde então, Daniel se encontra em uma situação que em nada lembra seus dias de atletismo. Com apenas uma exceção: ele continua com garra.
Daniel estava na companhia de amigos e enquanto manobrava um carro, um outro veículo vinha por trás e queria passar, Daniel pediu para que o condutor esperasse um pouco, mas, o passageiro, que ainda não foi identificado, sacou uma arma e atirou contra o corredor. A Polícia Civil investiga o caso. Após o incidente, o atleta foi socorrido pelo SAMU ao Hospital Regional Dom Moura, de onde foi removido para uma Unidade Hospitalar em Palmares, na Mata Sul, seguindo depois para o Hospital da Restauração, em Recife, onde foi submetido a uma cirurgia. O tiro transfixou o pulmão e a munição ficou alojada na região lombar e ele perdeu os movimentos das pernas. "Os Médicos que operaram Daniel não retiraram a bala, pois segundo eles, a retirada pode prejudicar também os movimentos dos membros superiores e até da cabeça, disse Adejilson Mendes, mais conhecido como Bingo, treinador do atleta.
Após a notícia que Daniel não poderá voltar a andar, uma grande corrente de solidariedade se formou em Garanhuns e em outros municípios da região. O Governo Municipal de Garanhuns viabilizou cadeiras de rodas e de banho, além de colchão específico, fraldas geriátricas e alimentos. Os grupos Monstros no Asfalto e Amigos que Correm, ambos do mesmo município, lançaram campanhas para arrecadar mais materiais de mantimento para ele.
Hoje Daniel mora em Pesqueira, que também fica no Agreste, com a esposa e os dois filhos. Sobre o ocorrido, ele é claro: "Fico muito triste e revoltado com o que aconteceu", lamenta. Mesmo assim ele olha para o futuro e diz estar procurando uma nova modalidade esportiva em que ele possa continuar a ser um atleta mesmo com a limitação física. "Tenho que levantar a cabeça. Posso passar o que aprendi para outras pessoas", revela. Para a esposa, Viviane da Silva, de 31 anos, a vida do casal mudou bastante. "Ele ficou dependente de nós (família)", disse. Mesmo na dificuldade ela não perde a fé. "Os médicos dizem que ele não vai mais voltar a andar, mas eu acredito no contrário", relatou.
Quem quiser realizar doações, pode entrar em contato com o treinador Bingo através do número (87) 9 9622 - 7011.
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