A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou na manhã desta quarta-feira (23) a operação "Master" com o objetivo de prender integrantes de organizações criminosas voltadas para a prática dos crimes de homicídio, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Cerca de 20 homicídios são atribuídos aos integrantes da quadrilha.
De acordo com a polícia, 27 dos 29 mandados de prisão expedidos, além de 26 de busca e apreensão foram cumpridos na Região Metropolitana do Recife (RMR), em Caruaru, no Agreste, e em Rio Largo (Alagoas).
Segundo o chefe da Polícia Civil em Pernambuco, Joselito Kehrle, esta era uma das maiores organizações criminosas do Estado. O líder da quadrilha morava em Caruaru. "Os números falam por si só. São quase R$ 4 milhões obtidos com o tráfico de drogas de novembro de 2017 até o dia da execução dessa operação", relatou.
Durante a operação, foram apreendidas três metralhadoras calibre 9 mm; duas delas na comunidade do Detran, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, e uma no bairro do Pina, na Zona Sul. Na mesma zona, no bairro de Boa Viagem, foram apreendidos 70 quilos de drogas como crack, cocaína, pasta base e maconha. Em locais diversos também foram achadas 10 armas de fogo, entre pistolas e revólveres.
Ainda segundo Joselito Kehrle, a quadrilha se capitalizou e adquiriu imóveis no Recife e na região metropolitana. O líder da quadrilha vivia em Caruaru mas não cometia crimes na região. O gerenciamento da organização vinha de dois irmãos que moravam em Alagoas. Eles eram concessionários do transporte público no estado vizinho. Um ônibus foi apreendido durante a operação.
Antes da operação nesta quarta, 22 pessoas já tinham sido presas durante as investigações. A polícia estima que sete homicídios tenham sido evitados durante as prisões. A motivação dos assassinatos era a disputa pelo território do tráfico de drogas.
Na execução do trabalho operacional foram empregados 270 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A operação está sendo coordenada pela Diresp e supervisionada pela Chefia de Polícia. As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel).
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