Prefeito de Cedro, no Sertão, é afastado após investigação de desvio de recursos

Operação Chofer foi deflagrada em pela Polícia Federal em 15 de maio
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 19/06/2019 às 9:32
Prefeito de Cedro, Antônio Inocêncio Leite, foi afastado das funções Foto: Divulgação/Polícia Federal


O prefeito de Cedro, no Sertão de Pernambuco, Antônio Inocêncio Leite, foi afastado das funções nessa terça-feira (18). A decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) foi cumprida por policiais da Delegacia de Polícia Federal em Salgueiro.

Além do prefeito, foi afastada a secretária de Finanças do município, Andrezza Saraiva Leite, filha do gestor. Pai, filha, e outros investigados ficam proibidos de ter acesso às dependências da prefeitura. O vice-prefeito e o presidente da Câmara de Vereadores do município foram comunicados da decisão.

A decisão foi determinada em decorrência da operação Chofer, realizada pela PF, que investiga desvio de recursos através de empresas de fachada. As investigações sobre o caso estão sendo realizadas pelos policiais com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU).

Operação foi deflagrada no dia 15 de maio e investiga desvio de recursos na Prefeitura de Cedro
Divulgação/Polícia Federal

Operação Chofer

A operação Chofer foi deflagrada no dia 15 de maio pela Polícia Federal. A ação investiga o suposto desvio de recursos públicos através de um esquema de laranjas em licitações realizadas pelo Poder Executivo. Na ocasião, foram apreendidos cerca de R$ 45 mil em espécie e R$ 160 mil em cheques, além de uma Hilux, uma pistola com registro vencido, celular e outras mídias.

Na prefeitura e em empresas terceirizadas, foram apreendidos documentos de processos licitatórios. Segundo a PF, uma empresa era utilizada para a contratação e aquisição de materiais e serviços para obras em Cedro, com indícios de desvios de recursos. A investigação apontou que pouco mais de 30 dias após a realização de um processo licitatório foram empenhados R$ 398 mil para a aquisição de materiais e construção de reformas na cidade.

Para a polícia, a estrutura física para realizar estas tarefas era incompatível com a apresentada pela empresa, na qual um sócio era motorista do prefeito e a outra seria beneficiária do Bolsa Família. A empresa ainda seria situada em um prédio ligado a um estabelecimento comercial de propriedade do prefeito. O nome da operação foi devido ao papel do motorista na suposta ação criminosa. Em depoimento, o prefeito negou as acusações.

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