Saúde

Coronavírus: Prefeitura de Caruaru deve ampliar medidas restritivas aos poucos

Há 19 casos suspeitos na cidade e nenhuma confirmação

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 18/03/2020 às 17:00
Jorge Farias/Divulgação/Prefeitura de Caruaru
FOTO: Jorge Farias/Divulgação/Prefeitura de Caruaru

Depois da suspensão da Feira da Sulanca, do funcionamento de academias de ginástica, cinemas, teatros, casas de shows, aulas escolares, entre outros, a Prefeitura de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, informou que as medidas de restrição do deslocamento das pessoas ainda deve evoluir a partir de reuniões do comitê de crise instalado para tratar as questões envolvendo o coronavírus (Covid-19).

De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Francisco Santos, os cenários observados em outros países mostram que quando as pessoas se deslocam menos, há um menor contágio pela doença. Segundo ele, nas cidades em que houve até 50% de isolamento, os resultados foram melhores.

Em coletiva de imprensa online nesta quarta-feira (18), o secretário informou que estudos feitos por especialistas em todo o mundo mostraram que mais de 80% da população não apresentará sintomas ou terá sintomas leves da doença. Porém, os números mostram que um paciente infectado pode contaminar em torno de 6,5 pessoas.

O grupo de risco da doença são idosos, que representam a maior parte dos óbitos no mundo. De acordo com Francisco, o número de pessoas acima de 60 anos em Caruaru é em torno de 36 mil, e o sistema de saúde não tem preparo para receber todas elas de uma vez. Por isto a importância de evitar o contato com pessoas mais velhas: "Esta é a maior emergência sanitária da história".

Casos em investigação

No balanço divulgado na tarde de terça-feira (17) pelo Governo de Pernambuco, havia 19 casos suspeitos do Covid-19 em Caruaru, alguns deles relacionados à visita de uma advogada do Recife à cidade, que depois teve diagnóstico positivo para o vírus. Não há confirmação no município. Segundo o secretário, os resultados não estão chegando na velocidade desejada porque são encaminhados para o Recife e em seguida para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Pará.