O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Ministério da Saúde vai publicar, nesta quarta-feira (20), um novo protocolo para o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina em pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. A declaração foi dada por Bolsonaro durante uma entrevista concedida ao jornalista Magno Martins, do Blog do Magno, nessa terça-feira (19).
"Amanhã cedo, o ministro da Saúde vai assinar o novo protocolo da cloroquina. O último protocolo era de 31 de março, permitia a cloroquina apenas em casos graves. E agora não, esse novo protocolo é a partir dos primeiros sintomas. Quem não quiser tomar não toma", afirmou.
No final de março, o Ministério da Saúde incluiu em seus protocolos a sugestão de uso da cloroquina em pacientes hospitalizados com gravidade média e alta, mas mantendo a norma corrente na medicina de que cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância ao paciente. A pasta também distribuiu ao menos 3,4 milhões de doses do medicamento para os sistemas de saúde dos estados.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) não recomenda o uso da droga, mas autorizou a prescrição em situações específicas, inclusive em casos leves, a critério do médico e em decisão compartilhada com o paciente.
Sobre a indicação de um novo ministro da Saúde, Bolsonaro disse que não tem pressa e fez elogios ao interino na pasta, o general Eduardo Pazuello. Segundo o presidente, Pazuello seguirá no comando da pasta.
"Por enquanto, deixa lá o general Pazuello, está indo muito bem, uma pessoa inteligente. É um gestor de primeira linha, graças a ele tivemos a Olimpíada do Rio de Janeiro. Ele foi o coordenador da Operação Acolhida, do pessoal que vem da Venezuela", destacou.
General do Exército, Pazuello foi nomeado para o segundo cargo mais alto da hierarquia ministerial no último dia 22, após Nelson Teich assumir o ministério no lugar de Luiz Henrique Mandetta e deixar o cargo em pouco menos de um mês.
Especialista em Logística, o militar foi coordenador logístico das tropas do Exército durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, além de ter coordenado a Operação Acolhida, que presta assistência aos imigrantes venezuelanos que chegam a Roraima fugindo da crise política e econômica no país vizinho.
*Informações da Agência Brasil e Blog do Magno
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