Economia

Caixa bloqueia transferência de auxílio emergencial de R$ 600

Presidente da Caixa disse que medida foi adotada porque pessoas estavam transferindo o dinheiro para conhecidos e driblando calendário

Marilia Pessoa Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Publicado em 21/05/2020 às 9:39
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal anunciou que vai bloquear a transferência dos recursos da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 para alguma outra conta através de DOC ou TED. Esse impedimento é para quem recebe o auxílio pela poupança digital.

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, essa medida foi adotada porque pessoas estavam transferindo o dinheiro para conhecidos e estariam driblando o calendário de saques. O calendário foi elaborado com o objetivo de diminuir aglomerações nas agências bancárias.

De acordo com a lei que criou o benefício, é garantida "no mínimo uma transferência eletrônica de valores ao mês sem custos para conta bancária mantida em qualquer instituição financeira habilitada a operar pelo Banco Central". Em relação a essa proibição, a Caixa informou que "as regras definidas para o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial seguem o estabelecido pela portaria nº 386 do Ministério da Cidadania, publicada no Diário Oficial da União no dia 15 de maio de 2020".

Nessa quarta-feira (20), a Caixa começou a pagar a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 para as pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) que não recebem Bolsa Família (e receberam a primeira parcela até 30 de abril). Além disso, também receberão o dinheiro os beneficiários do programa Bolsa Família com Número de Identificação Social (NIS) terminado em 3.

*Com informações do Estadão Conteúdo e JC

Paulo Guedes avalia estender auxílio

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou durante reunião com empresários, nessa terça-feira (19), que o auxílio emergencial de R$ 600 poderia ser prorrogado por um ou dois meses, caso o valor fosse reduzido para R$ 200.
"Se voltar para R$ 200, quem sabe não dá para estender um mês ou dois? R$ 600 não dá. É possível que aconteça uma extensão. Mas será que temos dinheiro para uma extensão a R$ 600? Acho que não", declarou.

Auxílio em análise

Algumas pessoas continuam à espera da análise da solicitação para receber o auxílio emergencial. O questionamento do motivo da demora tem sido recebido de forma recorrente pela Caixa Econômica Federal (CEF). De acordo com a Caixa, o banco disponibiliza o aplicativo e o site para cadastramento e acompanhamento das solicitações do auxílio.

A partir do momento em que o solicitante registra os dados, as informações coletadas são enviadas à Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) para avaliação dos requisitos. Entenda como funciona o processo de análise.