Funcionários dos Correios de todo o país decretam greve por tempo indeterminado

Greve começou às 22h dessa segunda-feira
NE10 Interior
Publicado em 18/08/2020 às 9:29
Funcionários dos Correios de Caruaru Foto: Reprodução/TV Jornal Interior


Os funcionários dos Correios de Pernambuco e dos demais estados brasileiros decretaram greve na noite dessa segunda-feira (17) por tempo indeterminado. A greve começou às 22h. Em todo o Brasil, cerca de 100 mil funcionários aderiram.

Os trabalhadores protestam contra a retirada dos direitos trabalhistas, a privatização da empresa e a ausência de medidas para proteger os empregados da pandemia do covid-19.

A nova proposta proposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), apresentada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), de acordo com os trabalhadores, retira 70 cláusulas do atual ACT, acabando com os 30% do adicional de risco; auxílio creche; 70% sobre férias; indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais; pagamento de horas extras, e entre outros direitos dos trabalhadores da ativa e aposentados.

Por meio de nota, a federação diz ter sido surpreendida com a revogação, a partir de 1º de agosto, do acordo coletivo, cuja vigência vai até 2021. De acordo com a entidade, também estão na lista de direitos retiradas o vale-alimentação, a licença-maternidade de 180 dias, além de pagamentos como adicional noturno.

A federação disse que precisou acionar a Justiça para garantir aos empregados equipamentos de proteção individual, álcool em gel, testagem e afastamento de integrantes de grupos de risco.

Mínimo de trabalhadores será mantido

Os sindicatos avisam que o mínimo de trabalhadores será mantido, por se tratar de um serviço considerado essencial:

"O governo Bolsonaro busca a qualquer custo vender um dos grandes patrimônios dos brasileiros, os Correios. Somos responsáveis por um dos serviços essenciais do País, que conta com lucro comprovado, e com áreas como atendimento ao e-commerce, que cresce vertiginosamente e funciona como importante meio para alavancar a economia", disse o secretário geral da Fentect, José Rivaldo da Silva.

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