Há cinco meses parado por causa da pandemia da covid-19, o setor de eventos cobra agilidade no retorno às atividades. Na manhã desta quinta-feira (20), um grupo com representantes do segmento em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, se reuniu para discutir possíveis protocolos de segurança para a volta.
Os representantes justificam que para viabilizar festas de casamento, aniversário, batizado, shows, entre outros, são necessários profissionais de várias áreas, e o impacto econômico da pandemia prejudicou completamente empresários e funcionários.
"Esse grupo foi criado para tentar a viabilização da nossa retomada, vendo e entendendo o momento que estamos passando, mas vendo também que outros setores tiveram sua retomada, feito a Feira de Caruaru, bares da cidade com música ao vivo. Temos toda a condição de receber os convidados em um evento social", explica o cerimonialista Wendel Queiroz.
A liberação dos eventos está prevista apenas para a 10ª etapa do Plano de Convivência com a Covid-19. Atualmente, a Região Metropolitana do Recife (RMR) e a Zona da Mata estão na 7ª etapa. O restante do estado está em fases anteriores. A ideia dos representantes do setor é a elaboração de protocolos para convencer as autoridades que podem atuar com segurança. A ideia é que haja limite de pessoas e que sejam tomadas medidas de distanciamento.
"A gente tem informações de que alguns estados brasileiros já estão bem adiantados nesse segmento de eventos. Nossa grande preocupação é que dentro desse segmento, tem uma série de setores, e esses setores estão sendo diretamente prejudicados. A gente de buffet não atende só uma plataforma de grandes eventos, mas tem eventos menores, como casamento mais intimista, para 30, 40, 50 pessoas. Se a gente seguir todos os protocolos com todo mercado que trabalha junto, pode fazer um evento seguro", defende o empresário Renato Machado, do setor de buffet.
Seja pelo espaço, decoração, buffet, iluminação, fotografia, música, brindes, entre outros, todos estão conectados. Um levantamento do Sebrae revelou que 98% do setor de eventos parou durante a pandemia. "É uma cadeia muito extensa, desde a pessoa que vai lá e alimenta o gerador, gerencia a energia para o evento. Um auxiliar do fotógrafo. Isso acontece até em um evento pequeno, tem muita gente envolvida", reforça Pety Andrade, representante de uma empresa de estrutura e som.
O Governo do Estado informou que ainda não há previsão de datas para a autorização dos eventos, mas que mantém diálogo com representantes do setor.
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