O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aumentou o prazo para que os advogados de Sarí Côrte Real apresentem a defesa em definitivo. Ela responde pela morte do menino Miguel Otávio, que caiu de uma altura de 35 metros de um condomínio de luxo no Recife.
Os advogados de Sarí chegaram a apresentar uma resposta, mas disseram que não estavam conseguindo produzir um posicionamento mais firme por causa da situação do processo judicial, que está fora de ordem.
Em nota, o TJPE disse que o processo está com partes digitalizadas e partes físicas: “Os motivos para o deferimento da extensão do prazo referem-se ao fato de que a ação judicial, apesar de ter o seu trâmite disponibilizado digitalmente, trata-se de um processo físico, e o Juízo entendeu ser um direito da defesa a concessão da carga dos autos para não dificultar a produção da resposta para a acusação, uma vez que digitalmente as peças podem encontrar-se sem a sequência de numeração correta”.
Relembre o caso
Miguel morreu após cair de uma altura de 35 metros do condomínio de luxo Píer Maurício de Nassau (Torres Gêmeas), no bairro São José, na área central do Recife. Segundo as investigações da Polícia Civil, o menino entrou no elevador do prédio e foi até o 9º andar, onde escalou uma grade e caiu de uma altura de 35 metros. Ele estava no apartamento com a patroa da mãe dele e uma manicure.
A mãe dele desceu para passear com o cachorro da patroa. A criança quis ir junto com a mãe, mas foi contido pela dona do apartamento. O menino tentou escapar novamente e a moradora o deixou ir para o elevador sozinho. A patroa da mãe de Miguel, Sarí Corte Real, viu quando a criança entrou no elevador e não a impediu de andar sozinha. A mulher foi indiciada por abandono de incapaz.