O presidente da Câmara Municipal de Agrestina, Adilson Tavares das Neves, conhecido como Gordo de Zelito, deverá assumir a prefeitura após a prisão do prefeito Thiago Nunes na última quinta-feira (10), dentro da terceira fase da operação Pescaria, da Polícia Federal. A PF apura o funcionamento de um suposto esquema de fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e desvios de recursos públicos na ordem de R$ 5 milhões.
A Câmara foi comunicada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) na última quinta-feira (10) do afastamento cautelar, por 120 dias, do prefeito; do vice-prefeito, José Pedro da Silva (Zito da Barra); e do secretário de Administração, Márcio Elson Rodrigues Patrício. Todos eles estão proibidos de ter acesso às dependências da Prefeitura de Agrestina neste período.
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Para assumir a prefeitura, Gordo de Zelito teve que abdicar da candidatura de vereador nas eleições de novembro, uma vez que não há tempo hábil para reverter a decisão judicial até o dia da convenção partidária. "Na segunda-feira nós vamos dar ciência ao corpo todo da Câmara de Vereadores, temos uma reunião com o promotor da comarca exatamente para traçar essa linha de posse do presidente da Câmara, mas ele já decidiu que vai assumir o município. Nós vamos convocar uma reunião extraordinária, porque estamos de recesso legislativo, para declarar os cargos vagos do prefeito e do vice e já designar a posse do presidente da Câmara como prefeito interino pelos 120 dias", explicou a advogada da Casa Legislativa, Ana Carolina.
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De acordo com o TRF-5, a prisão preventiva do prefeito e do vice teve como fundamento "a garantia da ordem pública e da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal". Além do prefeito, do vice e do secretário, dois empresários foram presos. A organização criminosa investigada seria composta por servidores públicos, empresários e particulares, especializada na contratação de empresas de fachada com verbas federais, mediante frustração da competitividade do processo licitatório.
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Apreensões
Durante a operação, foram apreendidos R$ 110 mil em espécie e R$ 100 mil em cheques, além de vários veículos, entre eles uma BMW avaliada em R$ 400 mil. Segundo a Polícia Federal, estão sendo investigados os crimes de de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os presos foram levados para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza e para a Colônia Penal Feminina.