Um homem negro de 40 anos morreu na noite dessa quinta-feira (19), após ser espancado no supermercado Carrefour, em Porto Alegre. O caso ocorreu na véspera do feriado do Dia da Consciência Negra.
O homem teria discutido com a caixa do estabelecimento e foi levado pelo segurança até o estacionamento. Um dos clientes, policial militar temporário, os acompanhou juntamente com uma funcionária do local.
No caminho até o estacionamento, de acordo com a funcionária em depoimento para a polícia, a vítima teria desferido um soco contra o PM e começou um tumulto.
"A partir disso começou tumulto, e os dois agrediram ele na tentativa de contê-lo. Eles [o PM e o segurança] chegaram a subir em cima do corpo dele, colocaram perna no pescoço ou no tórax", disse o delegado Leandro Bodoia.
Imagens flagraram o momento do espancamento e a tentativa dos socorristas de salvarem o homem. O vídeo circula nas redes sociais. Na imagem, é possível ver o homem recebendo socos na região do rosto.
O Samu foi até o local, mas o homem não resistiu e morreu. A causa da morte deverá ser apontada no laudo pericial.
A esposa do homem foi ouvida pela polícia e disse que não precisou o espancamento porque estava longe dele.
O policial militar e o segurança foram conduzidos para a delegacia, mas ficaram em silêncio durante os depoimentos. A polícia está aguardando o laudo pericial e mais imagens de para esclarecer o caso.
O Carrefour decidiu romper o contrato com a empresa de segurança e fechará a loja. Através de nota, o estabelecimento disse que "adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário".
Ainda na nota, o Carrefour disse: "Para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais".
*Com informações da UOL
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