Janeiro Branco: mês de conscientização levanta debates sobre saúde mental

O Brasil tem o segundo maior índice de pessoas com depressão de acordo com a OMS
Eduarda Cabral
Publicado em 08/01/2021 às 16:01
Janeiro branco e os cuidados com a saúde mental Foto: Reprodução Internet


Há sete anos, a campanha Janeiro Branco foi criada por psicólogos do Estado de Minas Gerais. O objetivo é de promover debates no primeiro mês do ano que levem à conscientização a respeito da saúde mental e do adoecimento emocional.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 12 milhões de brasileiros sofrem com depressão. Isso representa uma parcela de 5,8% da população. O Brasil é o segundo colocado no ranking dos países com população depressiva, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Quando o assunto é ansiedade, são quase 20 milhões de brasileiros diagnosticados com a doença, representando 9,3% da população. A estatística leva em consideração pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo, fobias, estresse pós-traumático e ataques de pânico.

Recomendações dos especialistas

O médico psiquiatra Dannilo Isidoro, do Instituto Brasileiro de Psiquiatria (IBP), afirma que ainda há um tabu quando se fala em cuidados com a saúde mental.

“As pessoas ainda têm dificuldade ou medo de falar sobre emoções e sentimentos, com receio de serem julgadas ou criticadas, e aí onde mora o perigo. É preciso acabar com os estigmas acerca da saúde mental, e trabalhar na prevenção para que problemas mais graves como ansiedade e depressão não surjam”, alertou.

De acordo com o médico, para proteger a mente e ter qualidade de vida é preciso estar atento e sempre se cuidar. Cada pessoa pode procurar terapias alternativas de acordo com o gosto e a identificação pessoal para tratar ou evitar esses problemas.

“Cada caso deve ter o projeto terapêutico individualizado, com foco em orientar quais as adaptações saudáveis no estilo de vida, avaliar a necessidade do uso de medicações e trazer opções de práticas integrativas como meditação, yoga, acupuntura, entre outras disponíveis para o benefício da saúde”, finalizou.

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