Falta de insumo ameaça produção de vacinas no Brasil

Estoque para formular CoronaVac é suficiente até o fim de janeiro
Laís Milena
Publicado em 18/01/2021 às 16:08
Com o anseio da população pela vacina, já foram identificadas tentativas de comercialização de produtos falsificados em todas as regiões do Brasil Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil


Após a aprovação para uso emergencial neste domingo (17), das vacinas CoronoVac e de Oxford, produzidas no Brasil pelo Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz, o país pode ficar sem os insumos necessários para a produção das doses. Neste primeiro momento, o Brasil conta com 6 milhões de doses (1,5 milhão ainda a rotular) que estavam armazenadas no Butantan. 

O estoque de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), o princípio ativo da CoronaVac, é suficiente para a formulação e envase até o fim de janeiro. A situação da vacina de Oxford é pior, os produtos não foram entregues, apesar de serem esperados desde o final do ano passado.

O estado de São Paulo começou a vacinação com a CoronaVac na tarde do domingo (17), logo após a aprovação da Anvisa. O Ministério da Saúde adiantou a distribuição das doses em todo o país para esta segunda-feira (18), quando também deve ser iniciada a aplicação.

O contrato entre o Governo de São Paulo e a Sinovac, fabricante da vacina, prevê 46 milhões de doses até abril, com opção a negociar para mais 15 milhões, e a transferência de tecnologia para a fabricação do IFA no Brasil. O acordo também prevê que 11 mil litros do IFA sejam entregues ainda este mês. A quantidade é suficiente para cerca de 18,3 milhões de doses.

A Fiocruz também tem um contrato, para a aquisição de 100,4 milhões de doses e transferência de tecnologia do IFA, para a produção da vacina de Oxford. O governo federal se comprometeu a pagar R$ 1,9 bilhão. A carga de 2 milhões de doses, esperada para janeiro não foi entregue pelo laboratório da índia.

Metade das 100,4 milhões de doses estão previstas para chegar ao país até abril e o resto até junho, o que garante a  vacinação até a produção nacional começar. Tanto a CoronaVac, quanto a vacina de Oxford necessitam de duas doses.

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