O Consultório da Rádio Jornal Garanhuns trouxe o tema das quedas de cabelo, incluindo a calvície, e o transplante capilar, nessa terça-feira (19). Samara Pontes conversou por telefone com o médico, especialista em transplante capilar, Julio Pierezan. Direto de São Paulo, o profissional tirou dúvidas sobre as diversas causas da doença e os tratamentos empregados em cada caso.
O especialista contou que as causas são diferentes em homens e mulheres. “É importante a gente diferenciar que, no homem, a maior causa de queda de cabelo é a alopecia androgenética, ou seja, uma condição herdada. (...) Já em mulheres, a principal causa para esse problema nós chamamos de Eflúvio Telógeno e que pode ser desencadeada tanto por algumas doenças, como por problemas na tireoide, pós-parto, medicações, estresse e até mesmo em quadros de ansiedade e depressão”, destacou.
Outro ponto abordado na entrevista foram os mitos relacionados aos efeitos colaterais de alguns medicamentos. “Todo medicamento tem efeito adverso, o que a gente precisa avaliar é o risco-benefício. No caso da calvície, se utiliza muito um medicamento que bloqueia o hormônio causador do problema e alguns homens têm medo de tomar por achar que ele pode levar a uma disfunção erétil, baixar a libido e tudo mais. (...) Esse é um medicamento utilizado para tratar doenças da próstata, só que, para este caso, a dose é cinco vezes maior. Quando o fármaco foi adaptado para a alopecia, conseguimos diminuir muito o efeito adverso e hoje é bem raro existir casos assim. Quando tem, é totalmente reversível”, disse.
Os tratamentos são diversos, mas nos casos em que outras abordagens não conseguem atuar, o transplante é a solução: “Existem diferentes técnicas para o transplante, a mais utilizada é a FUE. Aqui nós fazemos a retirada fio a fio. Nós anestesiamos toda a região doadora, que é onde o hormônio causador do problema nunca vai atingir, e aí fazemos várias microperfurações na região sem cabelo. Conseguimos fazer uma retirada de até 8 mil unidades foliculares. É um trabalho bem artesanal, por isso a cirurgia pode demorar”.
Durante a conversa o médico também falou sobre o pós-operatório e tirou outras dúvidas relacionadas às quedas de cabelos em homens e mulheres.
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