Após polêmica das compras de leite condensado, Portal da Transparência fica fora do ar

Além dos R$ 15 milhões gastos com o doce, outras compras chamam a atenção pelo valor investido
NE10 Interior
Publicado em 27/01/2021 às 10:32
Entre os produtos adquiridos estão R$ 2,5 milhões em vinhos para o Ministério da Defesa e R$ 2,2 milhões em gomas de mascar. Foto: Reprodução/Facebook


O Portal da Transparência, do Governo Federal, é o meio de prestação de contas dos gastos públicos. Na última terça-feira (26), o site saiu do ar após a polêmica de gastos do governo com alimentos, incluindo a despesa de R$ 15 milhões com leite condensado.

Governo Bolsonaro gastou mais de R$ 15 milhões com leite condensado em 2020

Os gastos do governo com compras de supermercado somaram mais de R$ 1,8 bilhão no ano de 2020. Além do leite condensado, foram gastos R$ 16,5 milhões com batata frita embalada, R$ 13,4 milhões com barrinhas de cereal, R$ 12,4 milhões com ervilha em conserva, R$ 21,4 milhões com iogurte natural e R$ 2.203.681 com goma de mascar.

Investigação

Representantes de partidos de oposição do Senado e da Câmara entraram com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU), solicitando a abertura de uma investigação a respeito das compras.

O documento foi protocolado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e pelos deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES). A argumentação diz que as despesas ferem o princípio da moralidade administrativa.

"Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados", diz o documento.

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