A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Rússia, a Sputnik V, revelou uma eficácia de 91,6%, segundo resultados publicados nesta terça-feira (2) na revista médica The Lancet. Estes dados podem colocar a Sputnik V entre as vacinas com melhores desempenhos, como a da Pfizer/BioNTech, que anunciam uma eficácia de cerca de 95%. A vacina da Pfizer, no entanto, utiliza uma tecnologia diferente.
Os resultados publicados na The Lancet dizem respeito à última fase de ensaios clínicos da vacina, a fase três, que envolve cerca de 20 mil voluntários. A análise é baseada em dados de 19.866 voluntários, que receberam a primeira e a segunda doses da vacina Sputnik V ou o placebo.
Entre estes, 78 casos de Covid-19 confirmados. A eficácia em idosos a partir de 60 anos foi similar à encontrada em pessoas mais jovens, de 18 a 60 anos. Os resultados publicados mostram que a Sputnik V reduz em 91,6% o risco de contrair uma forma sintomática da doença.
Os participantes no ensaio, realizado entre setembro e novembro, receberam todos duas doses da vacina ou um placebo com três semanas de intervalo. Em cada uma das doses, fizeram também um teste de PCR e, nos dias seguintes à administração da segunda dose, o teste foi realizado apenas em quem desenvolveu sintomas.
Um total de 16 voluntários dos 14,9 mil que receberam ambas as doses da vacina teve teste positivo (0,1%) em comparação com 62 de 4,9 mil voluntários que receberam o placebo (1,3%). Como os testes só foram realizados quando os participantes declararam ter sintomas da Covid-19, a análise da eficácia diz respeito apenas aos casos sintomáticos.
Além disso, com base em cerca de 2 mil casos de pessoas com mais de 60 anos, o estudo considera que a vacina parece eficaz nessa faixa etária, com os dados parciais mostrando que protege muito bem contra as formas moderadas a severas da doença.
A Sputnik V da Rússia é uma vacina de vetor viral, ou seja, utiliza outros vírus tornados inofensivos para o organismo humano e adaptados para combater a Covid-19. Esta técnica também é utilizada pela vacina da AstraZeneca (Oxford).
Os dados do estudo mostram que a vacina é segura. A maioria (94%) dos eventos adversos foram leves e incluíram sintomas semelhantes aos da gripe, reações no local da injeção, dor de cabeça e astenia. Não houve eventos adversos graves associados à vacinação.
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