Bruxismo afeta 40% da população brasileira

Cirurgiã-dentista Carla Rockenbach foi entrevistada no Consultório dessa segunda-feira
Samara Pontes
Publicado em 09/02/2021 às 12:17
O tratamento de recuperação pode ser feito com uso de placas que protege os dentes. Foto: Reprodução / Internet


O estresse é um problema cada vez mais comum na sociedade e entre as principais consequências deste mal está o bruxismo. O hábito de ranger ou apertar os dentes foi o tema do Consultório dessa segunda-feira (8). A cirurgiã-dentista Carla Rockenbach participou por telefone e tirou as principais dúvidas sobre a patologia que afeta 40% da população brasileira, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O bruxismo pode ser sob vigília, ou seja, quando a pessoa está acordada e passa por um momento de tensão; neste caso, o mais comum é apertar os dentes. Já o bruxismo noturno se caracteriza, principalmente, pelo hábito de ranger os dentes. De acordo com a dentista, as causas para a doença são diversas. “Pode ser um problema dentário, como má oclusões que podem aumentar a potência desse aperto nos dentes. Problemas estomacais também podem estar relacionados ao problema, mas a ansiedade e o estresse do dia a dia são bastante comuns no desenvolvimento da patologia”, destaca.

É importante ficar atento aos sinais do problema. “O primeiro passo é observar esses sintomas que surgem ao acordar, por exemplo, quando o paciente passa a notar a mandíbula dolorida ou uma dor no pescoço. No entanto, algumas vezes a pessoa só percebe quando olha os dentes no espelho e viu que começou a perder a pontinha dos dentes caninos, ou quando quebra os dentes com facilidade. Retrações de gengiva também podem ser um sinal do bruxismo”, ressalta.

E com relação ao tratamento, a profissional alerta sobre o uso de placas protetoras: “É preciso avaliar a necessidade ou não do uso de algum aparelho. Em crianças isso precisa ser mais cuidadoso; já no adulto o uso de placa miorrelaxante de acrílico é interessante. De qualquer forma, todo caso precisa ser avaliado e muitas vezes a conduta multiprofissional é a mais adequada, uma vez que o problema pode ter relação com o estresse e a ansiedade.”

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