A técnica de enfermagem acusada de aplicar uma dose ar, no lugar da vacina contra a Covid-19, em uma idosa de 96 anos, no dia 12 de fevereiro, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, pode ter feito isto para encobrir a perda de uma dose do imunizante. Essa é a principal linha de investigação da delegacia que apura o caso.
> Vídeo: idosa recebe dose de ar em vez de vacina contra covid-19
De acordo com investigadores, foi feita uma contagem detalhada nas doses contra a Covid-19, no posto de imunização drive-thru, instalado no campus da Universidade Católica de Petrópolis. Não foi detectada a ausência de vacinas. Para a polícia, uma das hipóteses mais prováveis é que a técnica de enfermagem simulou a aplicação da vacina, para justificar a perda de uma das doses.
O caso ganhou repercussão após um vídeo vializar nas redes sociais mostrando o momento em que a técnica aplica a agulha na idosa, sem o líquido da vacina na seringa. A técnica disse em depoimento à policias que não percebeu a seringa vazia ao apertar o êmbolo.
Todos os procedimentos de vacinação, no posto de vacinação em questão, foram revisados pela polícia. O caso ainda está sob investigação e como não houve desvio de doses, a técnica não foi indiciada. Ela continua afastada pela secretaria de Saúde de Petrópolis e afirma que o ato não foi intencional, mas sim um problema com a seringa.
Mudança no protocolo
Após este caso, a prefeitura de Petrópolis mudou o protocolo de vacinação. Os técnicos de enfermagem foram orientados a mostrar seringas cheias, antes da aplicação, e elas vazias depois. A prefeitura sugeriu ainda que as pessoas fiquem atentas a todo o processo de vacinação.