Em uma possível disputa das eleições em 2022, o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão empatados tecnicamente, segundo a pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (12). Bolsonaro tem 27% das intenções de voto, enquanto Lula tem 25%. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
Foram entrevistadas 800 pessoas, por telefone, entre os dias 9 e 11 de março, em todo o país. Este é o primeiro levantamento XP/Ipespe desde a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restabeleceu os direitos políticos de Lula, o que lhe torna elegível.
Na sequência, aparecem os possíveis candidatos Sergio Moro (10%), Ciro Gomes (9%) e Luciano Huck (6%). Outros candidatos juntos pontuam 10%. Votos em branco e nulo chegam a 13%. Em eventual segundo turno entre os dois, Bolsonaro teria 41% e Lula, 40%.
Nas outras simulações de segundo turno, Bolsonaro aparece à frente de Fernando Haddad (40% a 36%), de Luciano Huck (37% a 32%), de Ciro Gomes (39% a 37%), de Guilherme Boulos (40% a 30%) e de João Doria (39% a 29%) – mas numericamente atrás de Sergio Moro (31% a 34%).
No levantamento espontâneo, quando não são apresentados candidatos aos entrevistados, Bolsonaro foi de 21% para 25% e Lula, de 5% para 17%.
Quando questionados sobre o próximo presidente, 52% dizem preferir votar em um candidato que “mude totalmente a forma como o Brasil está sendo administrado”. Outros 29% dizem preferir alguém que “mude um pouco”, 15% “que dê continuidade à forma atual”.
A pesquisa registra um aumento da reprovação à gestão de Bolsonaro. O grupo dos que consideram a administração ruim ou péssima cresceu 3 pontos percentuais, indo de 42% a 45%. Os que consideram o governo ótimo ou bom oscilaram de 31% para 30%.
A mudança coincide com a piora na avaliação sobre a atuação do presidente frente à pandemia da covid-19 (a avaliação negativa nessa área específica saltou de 53% para 61%) e com um aumento na percepção de risco sobre a doença (a parcela que diz estar com muito medo do surto cresceu dez pontos percentuais, de 39% para 49%). Também foi ampliada a parcela que acredita que a economia do país está indo no caminho errado (63% em março contra 57% em fevereiro).
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