O Instituto Butantan anunciou nesta sexta-feira (26) a vacina contra o coronavírus produzida inteiramente no Brasil. O imunizante deverá ter o pedido de autorização para ensaios clínicos em seres humanos encaminhado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda nesta sexta.
Atualmente, o Butantan é o maior produtor de vacinas do país e já fornece a CoronaVac, vacina de origem chinesa com maior volume disponível no país atualmente. A ButanVac é a primeira, contra qualquer doença, a ser desenvolvida completamente no Brasil.
Segundo o diretor do instituto, Bruno Covas, os testes da vacina contra a Covid-19 no país poderão começar em abril. Mas, para que isso ocorra é necessário a aprovação da Anvisa.
A tecnologia da ButanVac usa as tecnologias de vírus inativado e de vetor viral. O modo de produção é semelhante ao da vacina da gripe que é produzida pelo Butantan, usando ovos no processo. Por utilizar um vetor viral que não causa sintomas no ser humano, a vacina é considerada com alto perfil de segurança.
De acordo com o Butantan, a ButanVac será desenvolvida integralmente no Brasil, sem depender de importação, já que a fábrica de vacina contra influenza do Butantan pode produzir o insumo utilizando a mesma estrutura industrial. Isso aconteceria assim que a fabricação da vacina da gripe deste ano fosse encerrada, em meados de maio.
Ricardo Palacios, diretor médico de pesquisa clínica do instituto, afirma que será possível entregar à população a vacina brasileira ainda neste ano. "Após o final da campanha de produção da Influenza, que termina em maio, podemos iniciar imediatamente a produção da ButanVac. Atualmente, nossa fábrica envasa a influenza e a CoronaVac", disse, em nota no site da instituição.
O pedido de autorização para ensaios clínicos que o Instituto Butantan vai fazer à Anvisa se refere às fases 1 e 2, etapas em que são avaliadas a segurança e a eficácia do uso da vacina em seres humanos.
Durante a fase 1, pequenos grupos de indivíduos, normalmente adultos saudáveis, são avaliados para verificação da segurança e determinação do tipo de resposta imune provocada pela vacina.
Na fase 2, há a inclusão de um maior número de indivíduos e o produto já é administrado em pessoas com perfil semelhante ao da população-alvo (bebês, crianças, adolescentes, adultos, idosos ou imunocomprometidos). Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, a eficácia e o modo de administração.
Há ainda uma fase 3, quando a vacina é administrada a uma grande quantidade de indivíduos, normalmente milhares de pessoas, para que seja demonstrada que a vacina é capaz de proteger os indivíduos com o mínimo possível de reações adversas.
Os pesquisadores ainda não sabem. Existe a chance de que ela seja aplicada em apenas uma dose, mas isso ainda precisa ser testado.
De acordo com o anúncio do Butantan, a vacina já foi desenvolvida levando em consideração as novas variantes, inclusive a P.1, que foi detectada pela primeira vez em Manaus. O diretor do instituto, Dimas Cova também afirmou que a vacina pode ser adaptada para o caso de surgirem novas variantes do coronavírus.
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