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Trigêmeos perdem pai em acidente e mãe, avó e tia morrem com Covid-19 em intervalo de oito dias

Familiares afirmam que, apesar de serem novos, os meninos têm consciência de que estão órfãos.

NE10 Interior
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Publicado em 02/04/2021 às 9:06
Reprodução/Arquivo pessoal
FOTO: Reprodução/Arquivo pessoal

Os trigêmeos Pedro, Paulo e Felipe perderam o pai em um acidente de trânsito há aproximadamente cinco meses. Ainda aprendendo a lidar com a dor da perda, as crianças viram a avó, a mãe e a tia morrerem por complicações provocadas pela Covid-19 em um intervalo de apenas oito dias

Os órfãos tem apenas 5 anos de idade e estão agora sob os cuidados do tio, o representante comercial Douglas Junior Faria, e da esposa, Luana Amaral, na cidade de Votuporanga, em São Paulo. Douglas contou que a primeira a morrer foi a irmã Karina Angélica Faria, de 33 anos, no dia 13 de março.

Em seguida, morreu a mãe dos meninos, Ana Paula Faria, de 37 anos e, na sequência, faleceu a avó dos meninos, Valentina Peres Machado, de 66 anos. “Fiquei sem chão. Não conseguia acreditar que estava passando por aquilo. Foi terrível enterrar minhas duas irmãs e minha mãe uma atrás da outra, sem poder vê-las pela última vez", disse Douglas.

Acolhimento

Após a morte da irmão, Douglas contou que ele e a esposa decidiram acolher e cuidar dos trigêmeos Pedro, Paulo e Felipe. É uma responsabilidade gigante, mas minha esposa me olhou, disse que eram meus sobrinhos e decidimos que iríamos tratá-los como filhos. Hoje vejo que, realmente, os três tinham que ser nossos”, disse.

O tio afirmou ainda que, apesar de terem apenas cinco anos, os meninos têm consciência de que perderam os pais. O representante comercial destacou ainda que as crianças, que agora se juntam à casa com seus dois filhos de sangue, foram o alicerce para que ele não entrasse em depressão.

“Eu vi motivo neles para não deitar e ficar chorando. Eles me sustentaram. Nossa vida mudou, mas vamos adaptá-la. Eu e minha esposa éramos pai de uma criança, hoje somos de quatro, e assim será daqui para frente”, afirma.

*Com informações do G1