Logo após a prisão do vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry Borel, nesta quinta-feira (8), o pai do menino, Leniel Borel de Almeida, comentou sobre esta etapa das investigações da morte do garoto, que tinha apenas quatro anos de idade.
> Polícia prende Dr. Jairinho e mãe de Henry por morte da criança
"Esta infeliz matou meu filho. Meu filhinho deve ter sofrido muito", disse em entrevista ao repórter Carlos De Lannoy, momentos antes de dizer que estava passando mal diante da situação. O casal, que tinha a tutela de Henry, foi preso por suspeita de tortura seguida de assassinato da criança.
Homenagem
Nas redes sociais, antes mesmo de a informação da prisão do casal ser divulgada, Leniel Borel publicou uma homenagem ao filho. "Henry, 30 dias desde que te dei o último abraço. Nunca vou esquecer de cada minuto do nosso último final de semana juntos", escreveu na legenda.
"Desculpe o papai por não ter feito mais, lutado mais e protegido você muito mais", desabafou.
Prisão dos responsáveis
De acordo com os investigadores, a criança morreu em 8 de março, vítima de assassinato com emprego de tortura e sem chance de defesa. Padrasto e mãe de Henry foram presos sob acusação de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas para combinar versões.
Durante as investigações do caso, a polícia chegou a afirmar que descobriu que, antes do fim de semana da morte de Henry no dia 8 de março, o vereador Dr. Jairinho já agredia o menino com chutes, rasteiras e golpes na cabeça. Policiais afirmaram que a mãe, Monique, já sabia das agressões desde, pelo menos, fevereiro.
Desde o dia da morte da criança, a polícia ouviu pelo menos 18 testemunhas e reuniu provas técnicas que descartaram a hipótese de acidente. O resultado da necropsia, feita pelo Instituto Médico-Legal (IML), diz que a causa da morte de Henry foi “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”.