A babá Thayná de Oliveira Ferreira, que cuidava do menino Henry Borel, voltou atrás e disse que sabia que o menino era agredido pelo vereador Dr. Jairinho, namorado da mãe da criança. A informação foi dada durante um depoimento que começou na tarde dessa segunda-feira (12) e seguiu até a madrugada nesta terça-feira (13).
A mulher contou aos policias que havia mentido na primeira versão do depoimento a pedido dos patrões. Ela havia dito que não sabia das agressões e a polícia ainda não sabia da troca de mensagens entre a babá e mãe do menino.
As mensagens registradas em um dos aparelhos periciados pelos investigadores mostra que a babá de Henry havia relatado as agressões à patroa, que mentiu em depoimento, assim como a babá, que teria sido pressionada a mentir às autoridades.
> Mensagens enviadas da babá para a mãe de Henry narram tortura do menino por Dr. Jairinho
A troca de mensagens descreve a sessão de tortura cometida por Dr. Jairinho contra o enteado de quatro anos no dia 12 de fevereiro, cerca de um mês antes da criança ser encontrada morta no apartamento do casal na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Em um dos trechos, a babá conta que Henry e Dr. Jairinho ficaram trancados por alguns minutos em um dos quartos com o som da TV alto. Depois, a criança mostrou hematomas, contou que levou banda (rasteira) e chutes e reclamou de dores no joelho e na cabeça.
*Com informações do Estadão
Relembre o caso
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, no dia 8 de abril, o vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry, pela morte da criança. A investigação do caso é realizada por agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca).
De acordo com os investigadores, a criança morreu em 8 de março, vítima de assassinato com emprego de tortura e sem chance de defesa. Padrasto e mãe de Henry foram presos sob suspeita de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas para combinar versões.