Após mais de uma mês da morte de Agnaldo Timóteo devido a Covid-19, a família do cantor está disputando a herança deixada pelo artista. Avaliada em R$ 16 milhões, o artista deixou metade para a filha adotiva Keyty Evelyn, de 14 anos, e a outra metade para ser dividida entre dois afilhados e dois de seus seis irmãos.
O artista ficou semanas internado por conta da covid-19, mas não resistiu ao vírus, deixando uma multidão de amigos e fãs enlutados. Um mês antes de morrer, Agnaldo assinou um testamento deixando metade do seu patrimônio para a filha.
De acordo com o advogado do artista, Sidnei Lobo Pedroso, cada afilhado ficaria com 10% da metade de sua herança. Cada irmão mencionado teria direito a 15% da metade dos bens. Apesar de criar Keyty desde que ela tinha dois anos, a adoção ainda não havia sido formalizada.
Em um vídeo enviado ao advogado, Agnaldo aparece falando que a filha é a razão de viver dele. "Preciso legalizá-la para que ela seja Keyty Evelyn Timóteo. Ela já tem um documento como minha herdeira, mas quero que seja minha filha oficial. Ela é a razão da minha vida", disse Timóteo, em vídeo.
O processo ainda não foi finalizado, mas o Ministério Público já deu um parecer favorável provisório para a guarda da adolescente.
A decisão não agradou a família do cantor. Os irmãos não concordam com a divisão de bens e querem pedir a anulação do testamento, alegando que ele estava confuso e não tinha como responder por seus atos. A irmã de Agnaldo, Ruthinete, chegou a apresentar uma declaração de um médico.
Além disso, o sobrinho e ex-assessor de Agnaldo, Timotinho, afirmou que a menina nunca foi aceita pelos irmãos dele. Keyty Evelyn morava com o cantor na casa do músico na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ela era cuidada por Maria do Rosário, funcionária de Agnaldo há anos.
No entando, desde a morte do artista, Keyty e Maria do Rosário, estão sendo tratadas com hostilidade pela família de Agnaldo. Segundo Pedroso, Maria do Rosário testemunhou a menina sendo chamada de "lixo" pela irmã do artista. "Para você ter uma ideia, quando o Agnaldo morreu, ela [Keyty] foi proibida de ir para o funeral do pai pela Ruthinete. Ela não deixou a menina ir no enterro do pai", lamentou o advogado.
*Com informações do UOL
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