Desemprego bate recorde de 14,7% no 1º trimestre no Brasil; país chega a 14,8 milhões em busca de trabalho

Os dados foram apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE
Eduarda Cabral
Publicado em 27/05/2021 às 10:40
Quem tem carteira assinada pode receber Auxílio Brasil? Confira Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil


Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a taxa de desemprego subiu para 14,7% no primeiro trimestre de 2021, enquanto em 2020 este mesmo período fechou em 13,9%.

Esses dados correspondem a mais 880 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões em busca de um trabalho no Brasil. Os dados mostram que esta é a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012.

“Esse aumento da população desocupada é um efeito sazonal esperado. As taxas de desocupação costumam aumentar no início de cada ano, tendo em vista o processo de dispensa de pessoas que foram contratadas no fim do ano anterior. Com a dispensa nos primeiros meses do ano, elas tendem a voltar a pressionar o mercado de trabalho”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, ao Estadão.

Taxa de desocupação

A analista destaca ainda que que o contingente de ocupados no Brasil, que representam 85,7 milhões de pessoas, ficou estatisticamente estável na comparação com o último trimestre do ano passado. No entanto, o nível de ocupação (48,4%) caiu 0,5 ponto porcentual.

O nível de ocupação está abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado. Isso indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no País.

“Essa redução do nível de ocupação está sendo influenciada pela retração da ocupação ao longo do ano passado, quando muitas pessoas perderam trabalho. Em um ano, na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a população ocupada foi reduzida em 6,6 milhões de pessoas”, disse Adriana.

*Com informações do Estadão

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