Cachorro é morto a tiros por policial militar e dono chora: 'Era um membro da família'; veja o vídeo

O policial disse que o animal avançou na direção da sua cadela. Testemunhas negaram.
Eduarda Cabral
Publicado em 25/06/2021 às 9:25
Alberto Luiz lamenta morte do cachorro Yankee, de 11 anos Foto: Reprodução/Redes sociais


Um cachorro de estimação de uma família foi morto a tiros por um policial militar na manhã da última quinta-feira (24), na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. O agente afirmou que o animal investiu contra ele e sua cadela de maneira agressiva, mas o dono do cão e testemunhas negaram que isso tivesse ocorrido.

O cachorro vira-lata era chamado Yankee e tinha 11 anos de idade. O dono dele, o analista de sistemas Alberto Luiz Andrade Simão, de 55 anos, disse que foi ao supermercado com o animal e deixou ele preso do lado de fora do estabelecimento, mas ele acabou escapando da guia. 

Alberto perseguiu o animal por 20 minutos. "Os dois cachorros se estranharam, rosnaram um para o outro. Eu estava a uns 40 metros de distância quando o rapaz sacou a arma e deu um tiro no meu cachorro. Ele caiu no chão, e o rapaz ainda deu outro tiro. Eu falei: 'Você é louco, você matou meu cachorro'. Ele me chamou de irresponsável, disse que ia chamar a viatura e que eu tinha sorte de ele não dar um tiro na minha cara", contou ao G1.

Após o ocorrido, a PM foi acionada e, de acordo com o boletim de ocorrência, o policial foi apontado como autor por dano, e Alberto, também como autor, por omissão de cautela na guarda de animais. O boletim detalha que o policial estava voltando do pet shop com a cadela, uma filhote da raça american bully, quando se deparou com o outro cão solto na rua.

O homem afirmou que o cachorro investiu, "de maneira agressiva", contra a cadela dele. Uma moradora da região contou ao G1 que o cachorro morto não tinha atacado o policial nem a cadela dele. "O policial deu um tiro e, com o cachorro já no chão, deu mais um. Isso tudo à luz do dia, tinha criança passando na rua", contou a mulher que não quis se identificar.

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